Ex-presidente afegão assume e promete governo multiético



Ex-presidente afegão assume e promete governo multiético

O ex-presidente do Afeganistão Burhanunddin Rabbani, deposto em 1996 pelo Taleban, retornou ontem a Cabul e se declarou chefe de Estado do país. Rabbani é o líder político da Aliança do Norte, que já controla mais de 60% do território afegão e se comprometera com os EUA e aliados a apoiar a formação de um governo representativo de todas as etnias e facções. A aliança é integrada basicamente pelas etnias minoritárias usbeque, tajique e hazara. Rabbani é um tajique, não aceito pela etnia dominante no país, a pashtun.

Em tom conciliador, o chanceler da aliança, Abdullah Abdullah, disse que a coalizão permanece comprometida com a formação de governo multiétnico, que incluiria os pashtuns. Aparentemente, Rabbani e partidários pretendem participar em posição de força nas negociações para criar a nova administração.


  • Porta-voz do Taleban negou perda do domínio sobre Kandahar. Embaixador da milícia no Paquistão disse que Osama bin Laden deixou o Afeganistão. (pág. 1, A16 a A24)


  • Para o setor de bens duráveis não foi fácil superar o pessimismo que a crise energética provocou. Tanto as multinacionais como as empresas brasileiras exigiram ajustes, mudança de estratégia e rentabilidade. Para fechar o ano no azul, praticamente todas apostaram no mesmo: produto de maior valor agregado, preços mais altos e margens generosas. (pág. 1 e B3)


  • O Comportamento dos índices de risco do Brasil e da Argentina, comprova o "descolamento" das economias dos dois países. Na última semana, o índice do Brasil caiu de 1.200 para 1.058. Já o da Argentina saltou de 1.800 para 2.600. Mas especialistas advertem que o índice brasileiro ainda é alto e que o descolamento é apenas parcial. (pág. 1 e B6)


  • A construção dos primeiros transístores de dimensões moleculares pode dar origem a supercomputadores do tamanho de um celular, capazes de armazenar toda a Biblioteca do Congresso dos EUA. (pág. 1 e B11)


  • A prática de lobby, largamente exercida em Brasília, está prestes a ser regulamentada. A Câmara dos Deputados vota esta semana requerimento de urgência para o projeto que define normas para a atividade. O Poder Executivo, intimidado com os lobbies, os proíbe, mas o Legislativo cede salas e até distribui crachás a seus representantes. (pág. 1 e A4)


  • O assentamento de índios guaranis no Parque Intervales, em Sete Barras (SP), pode comprometer a preservação da Mata Atlântica. A denúncia é da Fundação Florestal, responsável pelo parque. O advogado da fundação, Antonio Teleginski, diz que a área estaria sendo ocupada por índios vindos clandestinamente da Argentina. (pág. 1 e A11)


  • O maior exame vestibular do Brasil, o da Fuvest, com 146.517 inscritos para 8.246 vagas, começa às 13 horas, com questões mais curtas, mas sem perder a tradição de rigor. A primeira prova é de português, Inglês, Química e Física, somando 80 testes. (pág. 1 e A13)


  • A desaceleração da economia mundial e a crise energética no País não desanimaram as indústrias instaladas no Brasil. O setor está investindo mais na sua expansão e modernização do que no ano passado. Mesmo com a desvalorização do real, as importações de bens de capital foram 14,5% maiores do que no mesmo período de 2000.

    No geral, as importações cresceram 4,3%. Nos nove primeiros meses do ano, a produção industrial do Brasil cresceu 3,1%. No mesmo período, a produção de máquinas e equipamentos aumentou cinco vezes mais: 15,5%. (pág. 1 e B1)



    EDITORIAL

    "Em defesa da sociedade" - Dificilmente a sociedade brasileira entenderá por que foi preciso esperar 13 anos para que se regulamentasse o direito de greve no setor público. Afinal, esse direito já vem sendo plenamente exercido, mas sem nenhum limite ou regra. (pág. 1 e A3)




    11/18/2001


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