Talibãs desafiam EUA e executam herói afegão



Talibãs desafiam EUA e executam herói afegão

Os talibãs anunciaram ontem que executaram um dos maiores líderes da oposição afegã, Abdul Haq, herói da guerra contra a União Soviética na década de 80. Ele estava no Afeganistão tentando conquistar aliados e era fundamental na formação de uma coalizão para tomar o poder. Nos EUA, o antraz foi descoberto nos postos dos correios da CIA e da Suprema Corte. (pág. 1, 33 a 37)


  • O presidente Fernando Henrique deu ontem o apoio do Brasil à criação do Estado palestino defendido por EUA e Grã-Bretanha. Forças israelenses começam a se retirar hoje de Belém, na Cisjordânia. (pág. 1, 3 e 38)


  • Gravação de uma conversa entre o então chefe de Polícia do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Tubino, e o coordenador da campanha eleitoral de Olívio Dutra, Diógenes de Oliveira, revela ligação do governador petista com o jogo do bicho.

    Na conversa, ocorrida em 99, Diógenes pede ao delegado que modere na repressão ao jogo do bicho dizendo que "esse pessoal" tinha ligações antigas com Olívio em Porto Alegre. (pág. 1 e 9)


  • A UFRJ realiza amanhã a primeira prova de seu vestibular. O presidente do Tribunal Regional Federal, Arnaldo Lima, cassou a liminar que adiava o concurso, mas duas novas ações devem ser apresentadas hoje. A greve nas universidades federais pode acabar semana que vem. (pág. 1, 14 a 16)


  • Sem conseguir resolver os problemas que afetam a Argentina, o ministro da Economia da Argentina, Domingo Cavallo, voltou suas armas contra o Mercosul e o Brasil, "um país que faz o quer com sua moeda", segundo ele. As declarações fizeram o presidente Fernando Henrique suspender as negociações de salvaguardas comerciais realizadas em Buenos Aires. (pág. 1 e 25)


  • Condenado por tráfico de cocaína para a Espanha em um avião da FAB, o coronel reformado da Aeronáutica Washington da Silva se entregou ontem na Base Aérea do Galeão.

    O STF cassou o polêmico habeas corpus que garantira a liberdade do militar. Ele fora concedido pelo então ministro Marco Aurélio de Mello, hoje presidente do tribunal. (pág. 1 e 8)


  • A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis disse ontem que apenas entre 5% e 10% dos clientes da Soletur deverão conseguir viajar após a quebra da operadora, por causa do cancelamento de reservas. A Embratur abriu processo para apurar se a empresa agiu de má-fé. (pág. 1 e 30)


  • Em meio às negociações com petroleiros, a Petrobras pediu ao Tribunal Superior do Trabalho que a greve seja declarada abusiva. O TST determinou que os grevistas garantam a presença de pelo menos 50% dos empregados. (pág. 1 e 27)


  • A morte do Rei das Quentinhas, Jair Coelho, 69, de insuficiência respiratória, deve dar início a uma batalha jurídica em torno de sua herança de US$ 70 milhões. Maior fornecedor de alimentação a presídios e hospitais do estado, ele respondia a ações que podem gerar ressarcimentos ao erário. A partilha fica suspensa. (pág. 1 e 22)


  • O pré-candidato do PT à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que vai lutar por uma candidatura única da oposição já para a disputa do primeiro turno da eleição de 2002.

    Ele informou que o PT vai procurar os demais partidos para tentar o acordo. "Se somarmos os percentuais, teremos 65% dos votos e poderemos vencer no primeiro turno", disse. (pág. 2 e 10)


  • Ex-contadora do ex-senador Luiz Estevão, Jesuína Varandas Ferreira disse ontem ao Ministério Público Federal que viu diversas vezes uma funcionária de Estevão levar pacotes de dólares que teriam ajudado a fundar a Força Sindical.

    O deputado Luiz Antônio de Medeiros é acusado de ter desviado para o exterior parte dos recursos doados por empresários. (pág. 2 e 11)


  • O diretor de Política Econômica do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse ontem que não há nenhuma restrição à subida de juros e deixou claro que isso poderá ocorrer se o BC notar tendência de alta na inflação.

    Segundo levantamento do BC, os juros para o consumidor continuam a subir. No cheque especial, por exemplo, a taxa passou de 158,8% ao ano para 159,9%. (pág. 2 e 31)


  • A indústria nacional eliminou 480 mil postos de trabalho entre 1985 e 1999. A informação faz parte da Pesquisa Industrial Anual, divulgada ontem pelo IBGE.

    O maior número de demissões ocorreu nas companhias com mais de 500 funcionários, que fecharam 805 mil postos. As pequenas, em contrapartida, contrataram 427 mil pessoas. (pág. 2 e 31)



    EDITORIAL

    "Indução ao erro" - Por algum tempo passou a ser reproduzida como verdade a existência de 500 mil prostitutas infantil no Brasil. Tal número, estarrecedor, não resistia a uma análise mais profunda do problema, mas sua repetição pode ter contribuído para que a sociedade se sentisse imobilizada, sem condições de tomar iniciativas para resolvê-lo, tamanha a sua dimensão.

    Comete-se o mesmo erro na avaliação da miséria e da pobreza no Brasil. Qualquer que seja o número de pessoas em estado de miséria ou indigência no Brasil, trata-se de fato de uma questão da maior gravidade.

    Mas, para que se possa traçar políticas públicas que efetivamente ajudem o País a não ter mais miseráveis e indigentes, é preciso fazer o diagnóstico a partir de estatísticas corretas, pois, se o problema não for bem dimensionado, as iniciativas não atingirão seus objetivos. (...) (pág. 6)



    COLUNAS

    (Panorama Político - Tereza Cruvinel) - De uma eleição apertada como deve ser a de 2002, nenhum presidente sairá com maioria parlamentar avalassadora. Logo, negociar será uma exigência permanente. Mas isso pode ser bom. Ao contrário do que parece hoje, o debate econômico pode não dominar a campanha, e isso também seria bom. Os candidatos se distinguiram propondo soluções para melhorar a qualidade de vida. (...) (pág. 2)


    (Nhenhenhém - Jorge Bastos Moreno) - FH mandou encomendar uma pesquisa de opinião sobre as chances de Aécio Neves e Roseana Sarney virem a ser opções reais do Governo para a sucessão presidencial.

    Ele acha que, mesmo estando já engajado com Serra, não pode ficar sem alternativas para o imprevisível jogo político. (pág. 3)


    (Ancelmo Gois) - Amigos próximos de Delfim Netto garantem que ele finalmente topou ser o candidato do PPB a presidente.

    Anda com coceira para discutir com Lula "o falso dilema fome versus exportação de alimentos" e com José Serra sobre câmbio e juros. (pág. 16)


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    10/27/2001


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