Presidente promete intensificar segurança do Senado, "mas sem paranóia"
Indagado nesta terça-feira (23) sobre rumores de que o Congresso sofreu ameaças de bomba no último fim de semana, o presidente do Senado, Renan Calheiros, informou que está tomando providências, inclusive comprando detectores de metais, para intensificar a segurança da Casa.
- Mas sem paranóia. Nós não vamos dificultar o acesso. Na casa do povo não se pode dificultar o acesso a ninguém. Já temos cento e quarenta câmeras distribuídas em todo o prédio e vamos fazer o que for necessário para garantir a segurança da Casa e dos parlamentares.
Questionado por que o Senado ainda não tem detectores de metais, como a Câmara dos Deputados, ele disse que isso já está sendo providenciado pelo diretor-geral da Casa, Agaciel Maia.
Na mesma entrevista, Renan foi indagado sobre a decisão que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tomará nesta terça-feira a respeito das normas que vigorarão nas eleições deste ano. Perguntaram-lhe sobre a hipótese de o TSE decidir que uma norma eleitoral só vale se aprovada pelo Legislativo um ano antes de entrar em vigor. Isso porque, recentemente, o Congresso aprovou norma liberando os partidos para se coligarem como quiserem, quebrando a regra da verticalização.
"Decisão da Justiça a gente cumpre", afirmou Renan, dizendo torcer para que a Justiça mantenha as regras aprovadas pelo Legislativo que não objetivaram interferir no processo eleitoral em curso. O senador disse que, "se isso acontecer, será muito bom porque vai dar mais transparência à eleição e garantir mais igualdade de oportunidade, assim como mais verdade eleitoral".
Questionado sobre a possibilidade de o PMDB realizar outra convenção em junho para a escolha de candidato, ele lembrou a decisão da última convenção, que deliberou contra a candidatura própria. Quando lhe perguntaram sobre a candidatura do senador Pedro Simon (PMDB-RS), respondeu:
- O fato é que o partido não se preparou para ter candidato próprio, porque isso dificulta muito as alianças estaduais. Uma prova sobeja disso é que, em menos de dois meses, tivemos quatro candidatos e nenhum sobreviveu. O partido decidiu por ampla maioria que não quer candidatura própria, de modo que consideramos isso um fato consumado.
23/05/2006
Agência Senado
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