EX-PRESIDENTE DO BC DEPÕE NESTA 2ª-FEIRA NA CPI DO SISTEMA FINANCEIRO



A CPI que investiga o sistema financeiro marcou para esta segunda-feira (19), às 16 horas, o depoimento do ex-presidente do Banco Central Francisco Lopes, para esclarecer as decisões do BC sobre a venda de dólares abaixo do preço de mercado aos Bancos Marka e FonteCindam, no mês de janeiro, durante a desvalorização do real e também sobre as denúncias de vazamento de informações do governo para alguns bancos no período. A decisão foi acertada pelos senadores durante reunião interna da CPI, na manhã desta sexta-feira (16).Na terça-feira (20), também às 16 horas, a CPI vai ouvir depoimento do ex-diretor de fiscalização do Banco Central, Cláudio Ness Mauch. O calendário da CPI e o horário dos demais depoimentos ainda serão definidos em nova reunião interna da comissão, a ser marcada. Os senadores pretendem encontrar um horário apropriado para o funcionamento da comissão, para que não coincida com as sessões do plenário nem com as reuniões da CPI que investiga as atividades do Poder Judiciário. DIVULGAÇÃO DE DOCUMENTOSO presidente da CPI, senador Bello Parga (PFL-MA), submeteu à votação do plenário da comissão a decisão de divulgar para a imprensa os documentos entregues por autoridades. Por decisão dos senadores, ficou acertado que todos os documentos que subsidiarem os depoimentos na CPI serão automaticamente divulgados, como, por exemplo, a volumosa pasta entregue pelo presidente do Banco Central, Armínio Fraga, durante seu depoimento na comissão, na última quinta-feira (dia 8). Os demais documentos deverão ser analisados caso a caso e sua divulgação dependerá de decisão da comissão.O senador José Alencar (PMDB-MG) defendeu a ampla divulgação de todo o material entregue à CPI, alegando que esse procedimento dará "mais transparência ao trabalho da comissão". Ele disse que ainda na quinta-feira liberou, para alguns jornalistas, uma cópia do documento original que foi entregue a todos os integrantes da CPI por Armínio Fraga.Outra decisão que ainda deverá ser tomada pela CPI é sobre a possibilidade de depoimento do deputado Aloísio Mercadante (PT-SP), que foi o primeiro a denunciar, pela imprensa, o suposto favorecimento de instituições financeiras durante a desvalorização do real. Durante a reunião, não houve consenso sobre o assunto. A sugestão de chamar Mercadante partiu de Pedro Simon (PMDB-RS), contou com apoio de Eduardo Siqueira Campos (PFL-TO) e do próprio relator da comissão, senador João Alberto Souza (PMDB-MA). Manifestaram-se contrariamente os senadores José Roberto Arruda (PSDB-DF), vice-presidente da CPI, e Lúcio Alcântara (PSDB-CE). Por sugestão de Arruda, aceita pelo presidente da comissão, o assunto deverá ser decidido em reunião secreta da CPI.Os senadores contrários à participação de Mercadante alegam que o deputado pode fornecer toda a documentação que possui para a comissão, e que seu depoimento poderia parecer à opinião pública que a CPI não é apenas do Senado. "Tenho respeito pelo deputado Aloísio Mercadante, mas estamos aqui, numa CPI do Senado, e podemos solicitar a documentação que o deputado tem sobre o assunto", disse Arruda. Os que defendem a participação do deputado alegam que não há nada a opor ao fato de Mercadante prestar um depoimento na comissão. "Não vejo nada demais ele vir aqui, pois ele deve ter muitos elementos para acrescentar ao nosso trabalho", disse João Alberto Souza.

16/04/1999

Agência Senado


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