Expedito Júnior diz que o momento é de diálogo



Ao discursar nesta segunda-feira (17), o senador Expedito Júnior (PR-RO) disse que, após a votação da CPMF, o momento agora é propício para governo e oposição dialogarem. Ele acrescentou que este é também o momento da reconstrução da imagem do Senado perante a sociedade e da reconstrução da base do governo na Casa.

Expedito Júnior, que votou contra a prorrogação da CPMF, desmentiu notas publicadas pela imprensa de que ele teria negociado benefícios com o governo federal para votar a favor da prorrogação. O senador disse que desde agosto já havia se posicionado contra a CPMF, e criticou a revista Veja e o jornal Valor Econômico por terem, conforme afirmou, publicado notas "plantadas por alguns desses ministros" que ainda não teriam conseguido superar a derrota.

Desmentindo as notas publicadas, Expedito Júnior afirmou não ter negociado com o governo cargos no Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) nem liberação de emendas do orçamento ou do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para mudar seu voto. O senador lamentou que a imprensa não tenha checado a informação nem tenha telefonado para ele para ouvir o "outro lado".

Expedito Júnior rechaçou também as informações de que teria negociado cargos na BR Distribuidora e "o resultado de um processo" contra ele no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

- Não tenho emendas a serem liberadas pelo motivo óbvio de que estou no primeiro ano de mandato e, portanto, minhas emendas somente estarão aptas a serem liberadas no segundo semestre do ano que vem. Não tenho nenhum cargo no governo e nunca pleiteei qualquer cargo em troca de minhas convicções. Nunca pleiteei em troca de voto. Não vou nem comentar sobre o processo do TSE, porque é uma nota tão absurda e fora da realidade que não merece comentários - desabafou.

Expedito Júnior pediu mais respeito à convicções dos senadores e aos compromissos que cada um tem em seu próprio estado. Ele disse que a revisão da dívida do Banco de Estado de Rondônia (Beron) e a transferência dos servidores de Rondônia para os quadros da União são bandeiras que assumiu desde sua entrada no Senado e que não usa esses casos como moeda de troca em votações.

- Estou aberto ao diálogo para prosseguir votando as matérias que são importantes para o governo, desde que sejam igualmente importantes também para o Brasil e para o meu estado - concluiu.

Em apartes, os senadores Paulo Paim (PT-RS), Papaléo Paes (PSDB-AP), Mário Couto (PSDB-PA) e Mão Santa (PMDB-PI) elogiaram o pronunciamento do colega.



17/12/2007

Agência Senado


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