Expedito Júnior pede diálogo sobre salários dos militares
O senador Expedito Júnior (PR-RO) apelou nesta quarta-feira (12), da tribuna, para que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, retome as negociações a fim de definir o reajuste dos salários dos efetivos das Forças Armadas. Ele também pediu a atenção do ministro para o exame da situação dos civis empregados nas instituições militares, em funções burocráticas, que estariam com salário básico fixado em R$ 300,00, valor inferior ao próprio salário mínimo oficial do país.
No pronunciamento, o senador reivindicou ainda maior celeridade no acompanhamento de convênios dentro do Projeto Calha Norte, com municípios das regiões de fronteiras. Segundo ele, ações fundamentais relacionadas ao programa estão emperradas porque estaria faltando pessoal, nos ministérios, para o exame e fiscalização dos convênios.
Antes, Expedito Júnior apresentou um balanço das ações do Calha Norte ao longo dos 20 anos de existência do programa, concebido para guarnecer as regiões de fronteira e também prestar apoio às comunidades que vivem nessas áreas distantes. O parlamentar citou a implantação de postos avançados, rodovias e pistas de pouso que foram construídas eainda são mantidas pelos contingentes militares e a assistência médica e social às comunidades, entre outras realizações.
O parlamentar ressaltou, ainda, os esforços desenvolvidos pelos militares que servem nos postos distantes do Calha Norte, por longo tempo afastados de suas famílias. Para o senador, tudo isso justifica que os militares sejam remunerados de forma compatível com a importância dos serviços que prestam ao país.
Madeireiras
O pronunciamento do senador foi iniciado com críticas à mobilização da Força de Defesa Nacional na fiscalização de madeireiras em seu estado. Segundo ele, as pessoas que se dedicam à atividade madeireira não podem ser tratadas como "bandidos". Na sua avaliação, o problema de desmatamento em Rondônia não é atual, mas decorrente do antigo Código Florestal, que autorizava desmatar 50% das áreas cedidas aos colonos atraídos para o estado. Segundo ele, sem atingir esse percentual, os colonos não podiam ter suas terras regularizadas. Por isso, entende que a culpa original é do próprio governo.
12/03/2008
Agência Senado
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