Familiares de desaparecidos políticos condenam sigilo na Comissão da Verdade



Representantes de entidades que reúnem parentes de presos políticos mortos e desaparecidos no Brasil pediram aos senadores que modifiquem o projeto que cria a Comissão da Verdade (PLC 88/2011) para permitir a divulgação de dados sigilosos que vierem a ser analisados pela comissão. Eles querem que todos os arquivos possam ser abertos para conhecimento público.

Para Susana Keniger Lisboa, da Comissão de Familiares de Mortos, a sociedade brasileira tem o direito de saber como morreram os presos políticos que estavam sob a guarda do Estado brasileiro.

Iara Xavier Pereira, representante do Comitê pela Verdade, Memória e Justiça do Distrito Federal, também pediu a redução do período que estará sob investigação. O projeto prevê que a comissão investigue violações de direitos humanos praticados desde 1946, mas o comitê sugere que seja a partir de 1964.

Ao falar aos senadores, em audiência na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), Aton Fon Filho, da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, defendeu a modificação de artigo do projeto que prevê a possibilidade de participação de militares na comissão.

Mais informações a seguir



18/10/2011

Agência Senado


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