Fernando Collor é eleito presidente da CI



O senador Fernando Collor (PTB-AL) é o novo presidente da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) para o biênio 2009/2010. A eleição foi realizada nesta quarta-feira (4), após uma acirrada disputa com a senadora Ideli Salvatti (PT-SC). Collor obteve 13 votos, enquanto Ideli ficou com dez votos.

Para a vice-presidência, por aclamação, foi eleito o senador Eliseu Resende (DEM-MG), que presidiu os trabalhos que antecederam o pleito, por ser o parlamentar com mais idade entre os membros do colegiado. Após a eleição, Fernando Collor, que obteve apoio do PMDB, não quis falar sobre a sua eleição e encerrou os trabalhos.

Disputa

Antes da votação, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) estranhou que a escolha do presidente da CI não tivesse obedecido ao princípio da proporcionalidade partidária, a exemplo do que ocorreu nas demais indicações das comissões permanentes da Casa. Garantiu que o PT foi fiel à proporcionalidade e disse que a presidência da CI "estava reservada ao partido". No seu entendimento, o fato de haver eleição "feriu as tradições do Senado".

Mas Fernando Collor não aceitou os argumentos de Mercadante. Ele lembrou que a própria Constituição diz apenas que a escolha dos presidentes das comissões deve ser feita, de preferência, "e não com todo rigor", em obediência ao princípio da proporcionalidade entre partidos políticos e blocos parlamentares. Portanto, observou, nada impedia que seu partido - o PTB - disputasse o cargo.

Na discussão, a senadora Ideli Salvatti destacou que a quarta escolha, entre as comissões permanentes da Casa, caberia ao PT, já que o partido possui a quarta maior bancada, em quantidade de membros. Ela lembrou que o PMDB, o DEM e o PSDB, situados à frente, tiveram a oportunidade de escolher, por consenso, pela ordem da proporcionalidade, as presidências das Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), de Assuntos Econômicos (CAE) e de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).

O líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), lembrou que, na última legislatura, o PMDB lutou para que o senador Aloizio Mercadante, por solicitação do PT, fosse o presidente da CAE, apesar de o PT não ser, na época, conforme lembrou, o quarto maior partido na Casa. O que ocorreu, segundo Renan, foi um consenso partidário. Por isso, disse que não abriria mão dos "compromissos assumidos" em defender a candidatura de Fernando Collor.

04/03/2009

Agência Senado


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