Ferraço diz que espionagem americana é inadmissível e quer ouvir ministro da Justiça



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O presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), classificou de “violência inadmissível” a espionagem feita pelos Estados Unidos à presidente Dilma Rousseff. A denúncia de que ela e assessores próximos foram alvos da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) foi apresentada na noite de domingo (1º) pelo Fantástico, da TV Globo.

Para o senador, "trata-se de um desrespeito a princípios e valores dos mais caros à civilização". Ferraço, no entanto, disse que não está surpreso com a notícia:

Sinceramente o fato não me surpreendeu. Os indicativos que tínhamos até então mostravam que o nível de espionagem praticado pelos americanos não tem limites afirmou em entrevista à Agência Senado.

Ricardo Ferraço informou que vai propor na CRE o convite ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que ele possa explicar para os senadores qual é a condução do caso pelo governo brasileiro.

Repercussão

A denúncia da espionagem à presidente brasileira está repercutindo entre os parlamentares. Pelas redes sociais, o senador Cyro Miranda (PSDB-GO) disse que a espionagem americana é um “fato gravíssimo e inaceitável, um verdadeiro atentado à soberania do Brasil e de todos os outros países violados”.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), por sua vez, lembrou a instalação no Senado da CPI da Espionagem, prevista para esta terça-feira (3), às 10h45.

Segundo Vanessa Grazziotin, a CPI, que terá 11 titulares e sete suplentes, deverá investigar quais empresas de telecomunicação no país estariam colaborando com os Estados Unidos por meio de transferência de dados sigilosos; e avaliar medidas para aumentar a segurança da informação.

Precisamos também analisar a capacidade do Brasil de se defender diante dessas ações – disse Vanessa, ao tratar do assunto em recente discurso no Plenário do Senado.



02/09/2013

Agência Senado


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