Simon quer ouvir ministro da Justiça sobre Operação Porto Seguro da PF



O senador Pedro Simon (PMDB-RS) anunciou nesta segunda-feira (26) que irá solicitar a convocação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para depor sobre a Operação Porto Seguro, deflagrada na última sexta-feira pela Polícia Federal, que resultou na prisão de seis pessoas e no indiciamento de ouras 12. De acordo com as investigaçõs polícia, essas pessoas estariam participando de um esquema de fraudes em  pareceres técnicos em agências reguladoras e órgãos federais.

Entre os indiciados, estão a chefe de gabinete do Escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary de Noronha, e o segundo na hierarquia da Advocacia Geral da União, José Holanda Alves. Simon disse que José Holanda já tinha sido afastado por "irregularidade séria", assinalando que, se a Lei da Ficha Limpa para nomeações dentro do Poder Executivo tivesse sido sancionada pela presidente  da República, escândalos como esse seriam evitados.

- Tivesse acontecido isso, não estaríamos nesse caso. O adjunto do advogado-geral não teria sido nomeado e não seria o principal articulador do que aconteceu no escritório da Presidência da República em São Paulo.

O fim do ano poderia ter sido melhor para nós – disse o senador.

Simon elogiou a decisão da presidente Dilma Roussef de demitir os envolvidos no escândalo, mas observou que a presidente ainda precisa dar sua marca ao governo e mostrar à população que a ética está presente, em primeiro lugar, no governo.

- Assim como ela demitiu sete ministros envolvidos em questões graves, ela demitiu todos os que estão envolvidos nessa questão. Mas falta algo que mostre que o governo merece respeito; falta algo que faça com que a gente reconheça que a ética está em primeiro lugar neste governo – disse.

O senador elogiou o trabalho da Polícia Federal, dizendo que foi um ato de coragem ir ao Gabinete da Presidência da República em São Paulo e descobrir o que estava acontecendo.

- Reparem que [a denúncia] não foi feita por nenhum parlamentar da oposição, não foi feita pela Veja, nem por jornalista da Veja, nem de outro jornal, foi o próprio governo, foi a Polícia Federal – destacou.



26/11/2012

Agência Senado


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