Filiados do Vale do Rio Pardo lançam Tarso







Filiados do Vale do Rio Pardo lançam Tarso
O prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro, recebeu ontem abaixo-assinado de 21 municípios da região do Vale do Rio Pardo fazendo um apelo para que concorra ao governo do Estado, em 2002. Tarso reagiu às 1.362 assinaturas de filiados entregues por uma comitiva de 20 vereadores e presidentes municipais do PT dizendo que a manifestação 'pesará muito na decisão que terei que tomar mais tarde'.

O vereador de Santa Cruz do Sul, Ari Tessing, salientou que o ato não é contra o governador Olívio Dutra, afirmando que muitos filiados subscreveram o documento por serem contra a reeleição. A promessa de Tarso de cumprir todo o mandato na Capital serviu de argumento para Tessing reforçar a pré-candidatura do prefeito: 'O Interior quer compartilhar com os porto-alegrenses a sua capacidade administrativa e intelectual'.

Tarso exaltou o fato de não ser manifestação de desgaste nem de falta de afirmação do governo Olívio. Sobre a busca de consenso pela direção estadual na escolha do candidato ao Palácio Piratini, Tarso observou que devem ser definidas as diretrizes que balizarão a escolha. 'Se por esses critérios eu e Olívio tivermos condições idênticas de vitória, meu nome não será apresentado', ponderou.


Dez secretários disputarão eleições
Manifestam interesse em concorrer ao Legislativo a seis meses do prazo de desincompatibilização

Grande parte do secretariado do governador Olívio Dutra deixará os cargos em abril para buscar vagas no Legislativo. A seis meses do prazo de desincompatibilização previsto pela lei, ao menos dez secretários e dois presidentes de fundações poderão concorrer à Câmara dos Deputados e à Assembléia Legislativa, em 2002: Marco Maia, da Administração; José Hermeto Hoffmann, da Agricultura; Beto Albuquerque, dos Transportes; Adão Villaverde, da Coordenação e Planejamento; Tarcísio Zimmermann, do Trabalho; Flávio Koutzii, da Casa Civil; Ari Vanazzi, da Habitação; Renato Oliveira, da Ciência e Tecnologia; Ubiratan de Souza, do Gabinete de Orçamento e Finanças; Milton Zuanazzi, do Turismo; Jorge Branco, da Metroplan; e Roberto Carbonera, da Fundação de Pesquisa Agropecuária.


A situação do governo até o início de 2002, o aval do partido e as discussões das correntes internas poderão fazer a lista de candidatos crescer, incluindo a secretária da Educação, Lúcia Camini; do Interior, Dirceu Lopes; e do Meio Ambiente, Cláudio Langone. Villaverde observou que o partido e as correntes ainda não estão discutindo nomes às eleições. Ele garantiu, porém, que está à disposição para concorrer, salientando que as candidaturas dependerão da estratégia adotada pelas tendências e pelo PT estadual. Renato Oliveira entende que uma possível candidatura sua a deputado fortaleceria no partido setores ligados às universidades, que, de acordo com ele, enfraqueceram internamente nos últimos anos. Maia afirmou ter compromisso com o governo de desempenhar as suas funções, mas admitiu também que o seu nome está à disposição para disputar vaga na Câmara dos Deputados.

Apesar de muitos secretários manifestarem interesse em concorrer no ano que vem, há chance de algumas candidaturas serem barradas em função do espaço que as correntes terão nas nominatas e do desempenho nas suas áreas, que pode estar aquém do estimado. O certo é que, mesmo avesso às trocas no secretariado, Olívio terá de se preparar para, em breve, começar as substituições no Executivo.


Antunes vê aumento da violência com invasões
O presidente da Comissão de Agricultura da Assembléia Legislativa, deputado Frederico Antunes, do PPB, manifestou ontem preocupação com as invasões de terras promovidas pelo MST no Estado. Considerou grave a forma como algumas pessoas se comportam em nome do poder Judiciário e alertou para o aumento da violência no campo com a conivência dos governantes. Ele elogiou a paciência dos produtores diante dessa situação.


Ciro ataca uso de cargos por FHC
O pré-candidato à Presidência da República pelo PPS, Ciro Gomes, disse ontem, em Porto Alegre, que o anúncio da saída de Eliseu Padilha do Ministério dos Transportes faz parte da política do governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC), que utiliza os cargos como moeda de troca. Segundo ele, essa tem sido também a estratégia do PMDB que, às vésperas de eleições, busca mostrar imagem de partido de oposição, apesar de ter integrado o governo.


Decisão unânime bloqueia aposentadoria de Nicolau
O juiz Nicolau dos Santos Neto teve os pagamentos de sua aposentadoria, R$ 15 mil por mês, bloqueados ontem. A determinação partiu de decisão unânime da 3ª turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. A suspensão do bloqueio e a devolução do dinheiro com correção monetária pela União ocorrerão caso Nicolau seja inocentado no processo em que responde pelo desvio de R$ 169 milhões do Tribunal Regional do Trabalho de SP.


Há os que preferem não concorrer
Dez secretários descartam a possibilidade de pôr os seus nomes à prova das urnas após três anos em postos da administração estadual. O secretário especial da Reforma Agrária, Antônio Marangon, disse não ter vontade de disputar e acha necessário permanecer até o fim do governo Olívio Dutra pela complexidade que a sua pasta envolve. O secretário das Obras Públicas, Edison Silva, tem motivos partidários para não disputar. Integrante do PC do B, afirmou que a estratégia é lançar apenas um nome forte à Câmara dos Deputados. No caso, o vereador Raul Carrion. Outros secretários que deverão ficar de fora das eleições são Arno Augustin, da Fazenda; Luís Marques, da Cultura; José Luiz Vianna de Moraes, do Desenvolvimento e Assuntos Internacionais; Maria Luiza Jaeger, da Saúde; Dilma Rousseff, das Minas e Energia; José Paulo Bisol, da Justiça e da Segurança; Iria Charão, do Gabinete de Relações Comunitárias; e Guaracy Cunha, da Comunicação.


Itamar confia na unidade antigoverno para 2002
O governador de Minas Gerais, Itamar Franco, disse ontem, em Brasília, que ainda dá tempo para pensar na união da oposição. Ele previu que, mesmo com a fragmentação da esquerda, o governo federal não conseguirá levar candidato para o 2º turno. Itamar se negou a discutir candidaturas e falou que a união é possível em torno de idéias. 'Se dependesse de mim, as oposições estariam unidas', ressaltou.


Lula prega maior captação de recursos do exterior
O pré-candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu ontem, durante jantar com 14 embaixadores de países da União Européia, em Brasília, o aumento da captação de recursos do exterior. O secretário de Relações Internacionais do PT, Aloizio Mercadante, disse que Espanha, Portugal e França, aplicaram no país 31% do total que veio de fora nos últimos cinco anos, contra 25% dos EUA.


Oposição rebate opinião de agir como 'barata tonta'
As declarações do presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) de que a oposição está como uma 'barata tonta', com discurso contraditório, sem apresentar propostas concretas, provocou reação ontem. 'Se o presidente quiser projetos, será necessária uma carreata para despejar em frente ao Palácio Planalto propostas contrárias à política de desmonte realizada por este governo', disse o líder do PDT na Câmara, deputado Miro Teixeira.


Padilha deixará pasta na metade de novembro
O ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, anunciou que deverá deixar o cargo apenas na metade de novembro. Ele conversou ontem, por telefone, com o presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC). Eles combinaram tratar pessoalmente do assunto quando o presidente retornar da Europa, provavelmente na próxima q uarta-feira. Padilha disse a Fernando Henrique que está deixando o ministério atendendo ao pedido do PMDB gaúcho, mas não sairá sem antes implantar as agências reguladoras de transportes terrestre e aquaviário. Segundo o ministro, essas tarefas estão concluídas, necessitando apenas que o presidente concorde com os nomes sugeridos para comandar as agências e que o Congresso Nacional vote as indicações. Presume, porém, que FHC lhe pedirá que espere para deixar o cargo no período mais concentrado da reforma ministerial, que acontecerá até o final de novembro. Padilha descartou a possibilidade de participar da prévia estadual e concorrer ao Palácio Piratini. Declarou que a tarefa de conduzir a eleição de 2002 cabe ao senador Pedro Simon.
O presidente Fernando Henrique disse que a demissão de Padilha foi negociada e ele não deve deixar o governo imediatamente. Afirmou que a saída 'não tem nada a ver com o desembarque do PMDB do governo'. Acrescentou que há muito tempo o ministro Padilha vinha discutindo a necessidade de voltar para o Rio Grande do Sul e retomar a carreira política no PMDB. O que está havendo, explicou, é uma antecipação da saída.


PT pede CPI sobre campanhas
Os deputados estaduais do PT requereram ontem a criação de CPI para investigar o financiamento das campanhas eleitorais de todos os partidos e a compra da sede própria do PDT. O líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa, deputado Elvino Bohn Gass, afirmou que isso era necessário, pois a CPI da Segurança Pública estava fora do rumo ao se preocupar com a contabilidade petista. O líder do governo, deputado Ivar Pavan, desafiou o PDT a provar a origem dos R$ 800 mil que financiaram a campanha trabalhista de 1998, quando a senadora Emília Fernandes concorreu ao governo. O líder do PDT, deputado Vieira da Cunha, irritou-se com a proposta e acusou o PT de desviar as investigações sobre o Clube da Cidadania. 'Se quiserem detalhes dos gastos de 1998, basta perguntarem aos 'neopetistas' Sereno Chaise e Emília, que foram os responsáveis pelas contas da campanha do PDT', apontou Vieira. Segundo Pavan, caso o partido verifique irregularidades envolvendo esses membros, eles terão de responder na Justiça.


Simon critica volta para o ministério
O senador Pedro Simon considerou negativa a nomeação do senador Ney Suassuna, do PMDB da Paraíba, para o Ministério da Integração Nacional. Simon, que prega o afastamento peemedebista do governo federal, afirmou ontem que se tratou de manobra do presidente Fernando Henrique Cardoso para desgastar o partido. De acordo com o senador gaúcho, em vez de aproximar o PMDB do Palácio do Planalto, o convite ajudou a afastá-lo, pois vários segmentos se irritaram com a atitude de FHC. 'Suassuna não tem aprovação de nenhuma liderança do partido. Ele assumirá o ministério dentro da cota pessoal do presidente', ressalvou Simon.


Suplente de Jader toma posse hoje no Senado
Vinte dias depois de Jader Barbalho ter renunciado ao mandato para não ser cassado, o seu 2º suplente, Fernando de Castro Ribeiro, anunciou que assume hoje, às 10h, a vaga. Ribeiro se pronunciou logo após o pai de Jader e 1º suplente, Laércio Barbalho, ter comunicado ao Senado que não assumiria o lugar do filho. Laércio e Ribeiro foram apontados pelo Ministério Público como beneficiários do desvio de recursos do Banpará.


Artigos

O DRAGÃO VAI ACORDAR?
Ricardo Malcon

O persistente descompasso na dívida pública mobiliária tornou-se um ingrediente na poção que pode acordar um temível inimigo: o dragão da inflação. Adormecido, mas vivo, o monstro segue como perigoso vilão mesmo em tempos de estabilidade aparente da moeda. Atualmente, o grande enigma é saber como e se as autoridades da equipe econômica pretendem manter essa figura em letargia. Há quem avalie que alguns componentes estão atentando contra e mostrando que o feitiço pode liberar a fera.

A dívida interna chegou ao patamar de R$ 629,09 bilhões em setembro passado, representando 51,44% do Produto Interno Bruto (PIB), ante os R$ 510, 69 bilhões de dezembro de 2000, ou 44,7% do produto nacional. Assustados pelo crescimento galopante, os economistas estudam formas de reduzir esse débito e sua participação percentual diante do PIB. Uma das saídas é aumentar o superávit primário, desferindo um golpe nos investimentos, que sofreriam retração significativa. Outra seria o relaxamento na taxa de juros, com uma queda nos índices, que também alimentaria um crescimento nas receitas. Um primeiro passo para domar o monstro foi sinalizado pelo governo com a decisão de alongar o prazo de vencimento da dívida interna de 2002, jogando débitos para 2003, dando fôlego e diminuindo o valor das obrigações e enfraquecendo a exigibilidade de dinheiro novo para quitar situações de curto prazo. No entanto, algumas articulações macroeconômicas produzem barulho, o que pode acordar a fera inflacionária. Entre elas está a queda nos investimentos, já sentida pela desaceleração da economia norte-americana e pela crise argentina, fatores que não permitiram mexer na taxa de juros.

Se acelerado, o enxugamento de investimentos para possibilitar a rolagem da dívida pode ter um efeito impreciso em um dos seus clientes cativos nessa ação: os fundos de pensão, obrigados a aplicar parte de seus recursos em títulos públicos. O temor é que essa retração, assediada pelo descompasso entre o crescimento da dívida e o PIB, torne o dinheiro disponível no mercado insuficiente para a rolagem do débito. Nesse ponto, o governo sofreria um revés, voltando a emitir dinheiro para saldar contas. O reflexo é aquele que ninguém deseja. O aumento do dinheiro em circulação traria, ainda que de forma gradativa, o retorno do monstro. Depois de muito tempo nessa hibernação contida, a sua voracidade é uma incógnita.


Colunistas

Panorama Político/A. Burd

EM BUSCA DE SAÍDA
1) Fica cada vez mais evidente que a comissão especial da Assembléia Legislativa que trata da crise da previdência social dos servidores estaduais tem missão histórica a cumprir. Desde 1990, quando uma lei determinou que o Tesouro do Estado cobriria o déficit previdenciário, o cenário começou a se tornar sombrio. Hoje, o governo não esconde que a fonte secou.
2) Os deputados estaduais que estiveram semana passada em Montevidéu, para conhecer a previdência social uruguaia, trouxeram revistas em quadrinhos que tratam do assunto. A preocupação é tão grande que o governo decidiu expor para crianças e desde a escola primária os conceitos de reserva para aposentadoria, pensão, seguro-desemprego e auxílio-doença.

VÃO COMEÇAR
Os primeiros debates entre Itamar Franco e Simon serão em Florianópolis (10 de novembro) e Porto Alegre (dia 11). O PMDB de S. Paulo, ao saber, tenta transformar palestra de Itamar, dia 4, em debate.

DIFÍCIL ENTENDER
A proposta de prévia para a escolha do candidato tucano ao Piratini, feita por Nelson Marchezan, foi rejeitada ontem pelo grupo de Vicente Bogo e Yeda Crusius. Alegou que a forma seria antidemocrática.

NOVA CHANCE - 1) Substituto de Eliseu Padilha no Ministério dos Transportes será deputado federal do PMDB. Os do Rio Grande do Sul recusam. Poderá, então, surgir brecha para tucano gaúcho; 2) depois do jantar de Lula com embaixadores europeus, ontem, em Brasília, o ex-governador Cristovam Buarque disse que 'o PT não rasgará acordos internacionais e estará aberto a capital internacional não especulativo'. Mas isso existe?

À ESPERA
Os participantes de encontro da Famurs, em Gramado, estranharam a ausência, ontem, do secretário José Paulo Bisol, convidado para falar sobre a segurança pública. Também não mandou representante. O prefeito de Rosário do Sul, Glei Menezes, aproveitou para criticar duramente in vasões do MST na fronteira.
VIAGEM
O governador Olívio Dutra embarcará domingo para Dacar, onde vai participar da última reunião preparatória do Fórum Social Mundial. Estará de volta dia 2 de novembro.

ÁREA ADVERSÁRIA
Ciro Gomes estará hoje à noite em Passo Fundo, reduto do presidente regional do PSB, Beto Albuquerque, que o chamou, na semana passada, de 'falso socialista'. O presidenciável do PPS pretende voltar outras vezes ao mesmo município.

PARA QUÊ
Dificuldade da oposição na Assembléia é entender que caixa único existe para saques de emergência.

TEM OU NÃO TEM?
Os que moram perto de lixões podem discar, a partir de hoje, para o 3220-4209, denunciando e pedindo providências. É o telefone do gabinete do vereador Sebastião Melo, transformado em Disque-Lixão. É uma resposta à declaração da vereadora Sofia Cavedon de que, em Porto Alegre, não há depósitos de lixo.

MANOBRAS
Os governistas tentaram boicotar a sessão de ontem, quando o presidente do Sindicato dos Municipários, Cezar Pureza, falaria sobre a política salarial da prefeitura. Raul Carrion, do PC do B, acabou sendo o 11O vereador necessário para completar o número mínimo em plenário. A partir daí, Pureza atacou.

APARTES
David Fialcow, indicado pelo PC do B, concorre a vaga de conselheiro da Agergs, representando consumidores.
Deu certo o plantão nervoso de Ney Suassuna ao lado do telefone: acabou chamado para o ministério.
Senado volta a participar com estande na Feira do Livro de P. Alegre.
Deputado Germano Rigotto defende a inclusão de Cuba nas discussões sobre a criação da Alca.
Vereador Pedro Américo Leal reclama e começa operação antibagunça nas galerias da Câmara Municipal.
Donaldo Schüller lança 'Na Conquista do Brasil', às 18h de hoje, no Memorial do Rio Grande do Sul.
Secretário da Fazenda, Jorge Utzig, irá à Câmara Municipal, às 14h de 3a-feira, defender o IPTU progressivo.
Deu no jornal: 'FHC critica países ricos'. Pois isso não requer prática nem tampouco habilidade.
Dito e repetido por alguns políticos que decidiram deixar carreira: grandes benefícios fazem grandes ingratos.


Editorial

PROPOSTA INACEITÁVEL

No seminário denominado 'O Brasil e a Alca', desenvolvido em Brasília, o ex-presidente argentino Raúl Alfonsín surpreendeu a platéia ao sugerir que seu país e o Brasil formassem uma frente comum para pleitear renegociação de dívidas externas junto ao Fundo Monetário e a banqueiros privados. É a proposta a negação mais completa e acabada dos reiterados ataques que o ministro Cavallo tem produzido contra a atuação brasileira na política de tarifas no Mercosul, que considera protecionista e, portanto, fora dos padrões de igualdade que seriam de esperar dos integrantes de um pacto da qualidade do assinado em Assunção.

A idéia exposta por Alfonsín foi desde logo rechaçada pelo ministro Pedro Malan, nem poderia ser outra a atitude do nosso gestor fazendário. Há uma diferença fundamental de procedimentos dos dois países relativamente à banqueirada credora: ao passo que o Brasil, até com sacrifício de políticas sociais importantes, vem pagando com regularidade o serviço de juros, está a Argentina inadimplente a tal ponto que geralmente se admite uma bancarrota em tudo e por tudo prejudicial ao próprio cadastro dos países do continente.

Malan foi duro e explícito: 'Não somos favoráveis porque as dívidas (dos dois países) são distintas em níveis e volumes. Fui negociador de nossa dívida e não tem sido tarefa fácil. Imaginem em conjunto', disse. Passou o tempo em que os emprestadores de dinheiro nos balcões internacionais andavam pelo mundo a catar clientes, que recalcitravam por várias razões, entre elas os perigosos números que resultariam dos empréstimos contraídos e as necessidades financeiras muito menores do que as atuais, sem este caráter coercitivo imposto pelas exigências públicas e até exacerbadas que o regime democrático estimula.

A ninguém, aliás, passará despercebido o auspicioso fenômeno do crescimento, extensivo e intensivo, da democracia nesta parte do mundo, modernamente. As vinculações do Mercosul, tantas vezes descumpridas, não vão ao ponto de nos arrastar a pedidos de clemência da emparceirada Argentina de Domingo Cavallo e Fernando de la Rúa.


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10/25/2001


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