Fiscalização: Levantamento do Ipem-SP revela até 80% de irregularidade no transporte de produtos



Fiscais inspecionam mais de 40 itens relacionados à segurança do caminhão

Um levantamento realizado pelo Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP) apontou que até 80% dos caminhões que transportam cargas perigosas apresentam irregularidades. A constatação foi feita com base em estudos feitos a partir das orperações realizadas pelo Ipem-SP em rodovias do Estado no decorrer de 2006.

Os índices de irregularidades encontradas nas fiscalizações giram em torno de 77%, sendo que 32% dessas irregularidades são consideradas graves, que resultam em multas e, algumas situações, acarretam apreensões do Certificado de Inspeção de Produtos Perigosos (CIPP), documento obrigatório para o transporte deste tipo de produto.

Segundo o departamento de Produtos Perigosos do Ipem-SP, 100% das irregularidades são resultantes da falta de manutenção preventiva, que é de responsabilidade do transportador. Os fiscais inspecionam mais de 40 itens relacionados à segurança do caminhão e do tanque ou vaso de pressão, que transportam os produtos perigosos a granel, itens que vão desde os sistemas de sinalização, suspensão, pneus até indícios de vazamentos, rachaduras, corrosões e amassamentos no tanque, todos diretamente relacionados à segurança do transporte.

No acumulado do ano, até 07 de julho, 926 veículos foram fiscalizados e 331 foram autuados (35,75%). Dos 331 autuados, quase a metade (49,55%) perdeu o direito de continuar a transportar este tipo de produto por motivo da retenção do CIPP (Certificado de Inspeção para o Transporte de Produto Perigoso), que é documento obrigatório para que o veículo possa circular em todo o Brasil.

No mesmo período de 2005, o Ipem-SP fiscalizou 1.120 veículos sendo que 259 foram autuados (23,13%), o que significa que as irregularidades aumentaram em 2006. O índice de veículos que perderam o certificado (CIPP) em 2005 com relação aos multados praticamente não apresentou alteração, 46,34% ficaram retidos com os fiscais do Instituto por motivo de graves irregularidades.

Da Assess

07/14/2006


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