Flávio Arns disse que Brasil deve 'profundo reconhecimento' a militares brasileiros mortos no Haiti



Primeiro signatário do requerimento para que a hora do expediente da sessão desta terça-feira (23) homenageasse as vítimas brasileiras do terremoto que atingiu o Haiti em 12 de janeiro último, o senador Flávio Arns (PSDB-PR) disse que o Brasil "deve um profundo reconhecimento aos soldados do Exército Brasileiro e da Polícia Militar do Distrito Federal" mortos no Haiti.

_ A presença do Brasil (no Haiti) através dos valorosos e dedicados militares ficou indelevelmente marcada e já não será a mesma - afirmou o parlamentar, que era sobrinho da fundadora da Pastoral Nacional e Internacional da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, Zilda Arns, também morta na tragédia que vitimou mais de 200 mil pessoas.

O senador afirmou que sua tia tinha consciência das causas estruturais da pobreza brasileira, nunca tendo negado que essas causas precisavam ser combatidas e vencidas. Mas não viu no combate a essas causas impedimento para "uma ação salvadora imediata".

_ A sua denúncia da injustiça se traduziu na ação solidária. Uma ação solidária que ela soube fazer contagiante, progressivamente contagiante, envolvendo milhares de pessoas voluntárias - disse o parlamentar.

Flávio Arns disse que a trajetória de vida de sua tia revela "uma grande força interior que vinha de uma espiritualidade que pode ser caracterizada como sadia, forte e encarnada". Acrescentou que ela ofereceu sua vida por amor às crianças, "vítimas inocentes da injustiça e do desprezo pela pessoa humana".

O parlamentar fez referência também ao diplomata brasileiro Luiz Carlos Costa, segunda maior autoridade da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti. Para o senador, a vida de trabalho e dedicação do diplomata, tragicamente interrompida, deve "ficar como marco da importância do Brasil, parceiro com outros povos em busca de um mundo mais humano".



23/02/2010

Agência Senado


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