Flávio Arns ouve reivindicações de portadores de deficiência
O Senado deve ser, na opinião do senador Flávio Arns (PT-PR), um prédio exemplar nas soluções arquitetônicas destinadas a facilitar a vida dos portadores de deficiências. Por isso, o senador irá elaborar, em conjunto com representantes das entidades do grupo, um laudo, que será proposto à nova Mesa, com as reformas necessárias para adequar as instalações da Casa aos portadores de deficiência.
Arns comunicou sua idéia ao coordenador-geral da Coordenadoria Nacional dos Portadores de Deficiência, Xuxu Veludo; ao representante da Coordenação Setorial de Deficientes do Distrito Federal, Francisco Paulo de Menezes; e a outro cadeirante (como são chamados os usuários de cadeiras de rodas), Paulo Becker, em reunião realizada na manhã desta segunda-feira (3).
Eles solicitaram o encontro para pedir ao senador apoio às causas do grupo, pois Arns foi membro, na Câmara dos Deputados, das Comissões de Educação e de Direitos Humanos, tendo participado de encontros internacionais sobre a questão dos deficientes mentais, além de haver integrado o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda).
Além dessa providência, ficou acertado que o senador será o interlocutor dos portadores de deficiência junto ao governo Lula para reivindicar mais acesso dos portadores à educação e ao trabalho. Flávio Arns sugeriu que os portadores de deficiência reúnam-se com um representante do Ministério do Planejamento para estudo do organograma dos ministérios com fins de indicação de representantes do grupo (de todos os tipos de deficiência) em cargos de cada um dos ministérios, particularmente, os de cunho social.
Ele disse também que um outro passo será a solicitação de maiores recursos no orçamento para programas direcionados aos portadores de deficiência, principalmente aqueles que visem a inclusão dessas pessoas na sociedade.
- No Brasil já existe uma tendência de utilização do modelo inclusivo dos portadores de deficiência, mas nós precisamos encontrar soluções práticas para agilizar as ações - declarou o senador, lembrando que os portadores representam, hoje, 10% da população do país (cerca de 17 milhões de pessoas).
03/02/2003
Agência Senado
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