Flexa Ribeiro defende Mário Couto de acusações do PT e diz que objetivo é 'calar a voz' do colega




O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) defendeu em Plenário nesta terça-feira (29) o colega de partido e líder da minoria no Senado, Mário Couto (PA), de acusação de desvio de recursos no período em que presidiu a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) entre 2003 e 2006. O presidente do PT, Rui Falcão, juntamente com a bancada petista do Pará - quatro deputados federais - encaminhou à Procuradoria Geral da República (PGR) pedido de instauração de inquérito para instalação de ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra Mário Couto, informou Flexa Ribeiro.

No entendimento do senador, não há indícios contra Mário Couto, já que o próprio Ministério Público do estado, que investiga o assunto, não o encaminhou representação contra o parlamentar.

- É lamentável o texto do encaminhamento da representação feita pelo PT [contra Mário Couto]. O PT é o partido que representa a ética na política, defende a ética, mas não a pratica. A demonstração disso é o descalabro que aconteceu nos quatro anos do governo do PT no Pará e pelo qual terá que responder perante os órgãos de controle do estado - declarou.

Flexa Ribeiro disse que o PT "quer calar a voz" de Mário Couto pelo fato de ele, em seus discursos no Plenário do Senado, tecer críticas diárias ao Partido dos Trabalhadores e ao governo de Dilma Rousseff.

- Estou defendendo a honra de um senador da República. Se houvesse indícios contra Mario Couto, o Ministério Público do Pará já teria encaminhado uma representação contra o senador. Pelo contrário, nem chamado a prestar esclarecimentos ao MP ele foi - disse, contrariando informações do deputado federal Zé Geraldo (PT-PA), dadas à imprensa do Pará.

Conforme o parlamentar, os deputados estaduais do PT que assinam a representação contra Mário Couto é que estariam envolvidos no desvio de recursos da assembleia, a quem Flexa Ribeiro denominou "bando".

Ele também declarou que a ex-governadora do PT, Ana Júlia Carepa, irá responder junto ao Ministério Público por improbidade administrativa e outros crimes contra a administração pública, cometidos durante sua gestão.



29/06/2011

Agência Senado


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