FOGAÇA: GUIDO MONDIM FOI ACIMA DE TUDO UM CRIADOR
Guido Mondim nasceu em maio de 1912 e morreu em março último. A frase do senador José Fogaça é uma referência ao historiador Eric Hobsbawn, que chamou de "breve século XX" o período iniciado exatamente em 1912, dois anos antes antes da deposição do czar Nicolau II da Rússia e do assassinato do arquiduque Ferdinando da Áustria, que deflagrou a Primeira Guerra Mundial.
Assim como o "breve século" de Hobsbawn assistiu às maiores e mais profundas e rápidas mudanças científicas, tecnológicas e sociológicas, Guido Mondim "não se satisfazia com as formas estáveis das coisas", comparou o senador.
- Não era uma figura comum - resumiu Fogaça. Como exemplo, referiu-se à forma como Mondim "adotou" Brasília e, em 1958, com 1.509 discursos por todo o Rio Grande do Sul, viabilizou sua eleição ao Senado por "uma das mais conflitivas e contraditórias alianças políticas" já realizadas no estado: entre o PTB de Leonel Brizola e o PRP, de conotação bem mais conservadora.
Fogaça disse também que é um grande admirador do pintor Guido Mondim e de suas telas históricas, particularmente "a reprodução pictórica da epopéia farroupilha".
- Ousado para o sonho, inquieto com a sua arte, equilibrado para as ações da política, diligente e operoso como juiz de contas da União, Guido Mondim foi um homem do seu tempo, um homem do seu século - reiterou.
23/11/2000
Agência Senado
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