FOGAÇA: PREJUÍZO COM PROER PODERÁ CHEGAR A R$ 9 BILHÕES



O prejuízo do Tesouro Nacional com o Programa de Reestruturação e Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer) poderá chegar a R$ 9 bilhões, segundo avaliou nesta sexta-feira (dia 31) o senador José Fogaça (PMDB-RS). Ele explicou que este é o montante em títulos emitidos para cobrir eventuais ativos perdidos pelo Banco Central na administração dos bancos que quebraram depois do Plano Real. Os papéis foram emitidos a título de "provisionamento" e ficarão caucionados, mas sobre eles o Tesouro pagará juros.- Pela primeira vez estamos tendo uma noção clara das reais perdas do País com o programa de apoio aos bancos - disse o senador.José Fogaça entende que é um equívoco calcular em R$ 29 bilhões o prejuízo com a recuperação e as transferências dos bancos falidos a outras instituições. Os quase R$ 30 bilhões teriam saído das reservas monetárias formadas pelos depósitos compulsórios que todas as instituições financeiras fazem diariamente no Banco Central e que equivalem a 80% sobre os depósitos de correntistas.- Esse dinheiro não saiu do Orçamento da União, nem das verbas destinadas à educação, à saúde e ao saneamento - garantiu o senador.José Fogaça disse que o real prejuízo para os cofres públicos ainda depende de quanto o Banco Central conseguirá recuperar na venda dos bens que ficaram em seu poder com a venda da parte saudável dos bancos a outras instituições, de modo a ressarcir as reservas bancárias (conjunto dos depósitos compulsórios). Será preciso ainda observar a capacidade que os novos donos dos bancos terão de cumprir os compromissos assumidos junto ao BC.

31/03/2000

Agência Senado


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