Formandos do Pronera publicam seus trabalhos em livro



“Na luta pela terra, a conquista do conhecimento”. Esse é o título do livro publicado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), uma coletânea de artigos e resumos das monografias escritas por educadores formados no curso de Pedagogia da Terra, realizado em São Paulo pelo Programa Nacional de Educação na Agrária (Pronera).

O curso foi iniciado em 2008, com uma turma de 60 assentados da reforma agrária, dos quais 41 se graduaram em 2011. Os educadores formados em Pedagogia da Terra estão habilitados a dar aulas em educação infantil, ensino fundamental e educação de jovens e adultos (EJA).

De forma geral, as monografias tratam da própria experiência propiciada pelo curso e dos dilemas relacionados à educação no campo. Amanda Cristina Lino, por exemplo, defende a relação entre educação e desenvolvimento socioambiental nos assentamentos. “Os pedagogos da terra precisam trabalhar essas duas questões de maneira articulada com o objetivo de inserir os trabalhadores rurais nesses processos”, escreve em sua monografia.

Esse é o segundo livro resultante do projeto de Pedagogia da Terra. O primeiro, intitulado “Dias de luta e de vitórias”, foi publicado no decorrer do curso, com relatos sobre o processo de ocupação da terra e as experiências dos assentamentos de onde vieram os alunos.

“Os assentados levam para a universidade a experiência de vida acumulada na luta pela terra e trazem para suas comunidades o saber acumulado nas instituições públicas de ensino e pesquisa. Esse é o rico diálogo proporcionado pelo Pronera”, afirma o superintendente do Incra em São Paulo, Wellington Diniz Monteiro.

O Pronera surge em 1998 justamente para atender demandas que alertavam para o alto índice de analfabetismo e os baixos níveis de escolarização entre os beneficiários da reforma agrária. Para adequar o programa à realidade dos assentados, é aplicada a metodologia da Pedagogia da Alternância, em que o educando desenvolve parte de suas atividades na escola e parte na sua comunidade de origem. Com isso, preserva-se o vínculo com os assentamentos rurais.

Fonte:

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária



09/12/2013 18:40


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