Fornecedores do setor automotivo terão grupo de trabalho no Plano Brasil Maior



A cadeia de fornecedores do setor automotivo terá um grupo de trabalho (GT) específico no conselho de competitividade do Plano Brasil Maior que trata do segmento. O objetivo é fortalecer a cadeia e viabilizar o cumprimento, pelas montadoras, do conteúdo regional exigido pelo novo regime automotivo. A formação do grupo foi definida durante a primeira reunião do Conselho de Competitividade do Automotivo, realizada na terça-feira (24), no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). 

O GT será composto por representantes do Mdic, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, além da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Anfavea e Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

A agenda de trabalho será definida nas próximas semanas, mas segundo adiantou a secretária de Desenvolvimento da Produção do Mdic, Heloisa Menezes, qualificação profissional e certificação de produtos estão entre os temas a serem discutidos. Durante a reunião, ela ainda destacou a importância econômica do segmento que o conselho representa e a necessidade do grupo pensar em ações efetivas de incentivo à cadeia automotiva.

 

Mercado nacional

Na primeira reunião do Conselho de Competitividade do Automotivo, foram discutidos os pontos fortes, as oportunidades e ameaças do segmento. Como destaques positivos levantados pelo grupo estão o tamanho do mercado nacional, que é o 4º maior do mundo, com alto potencial de crescimento nos próximos anos, e a relevância da indústria automotiva para a economia brasileira.

Dados de 2010 mostram que o faturamento do segmento chegou a US$ 92 bilhões (5% do PIB total e 23% do PIB industrial) e pagamento de tributos (ICMS, IPI, PIS e Cofins) de US$ 25,4 bilhões, nesse ano.

A produção local diversificada - veículos leves, veículos comerciais, máquinas agrícolas e rodoviárias e autopeças - com geração de 1,4 milhão de empregos (diretos e indiretos) é outro ponto positivo. Assim como o fato do Brasil ser o sétimo maior produtor mundial de veículos e se destacar pelo uso de biocombustíveis em larga escala.

Entre os desafios a serem superados pelo segmento estão a valorização do real em relação ao dólar, aumento nas importações de veículos e autopeças, inclusive de componentes eletrônicos, potencializada pela crise financeira nos principais mercados. Os conselheiros também consideram como riscos ao setor a escassez de engenheiros, tecnólogos e técnicos formados no País e os custos mais altos no Brasil, em relação a outros países, para lidar com a burocracia, com aspectos regulatórios e com a legislação tributária.

 

Objetivos do conselho

O Conselho de Competitividade do Automotivo tem como coordenador Paulo Sérgio Coelho Bedran, do Mdic, e Haroldo Fialho Prates, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES).

O grupo tem como diretrizes a serem alcançadas, até 2014, o fortalecimento da cadeia de autopeças; estímulo ao aumento das exportações de veículos e autopeças; aumento da inovação, da agregação de valor e de tecnologia, da segurança e da eficiência energética dos veículos produzidos no País; aumento da capacidade produtiva e formação e qualificação da mão de obra.

Os conselhos de competitividade do Brasil Maior - 19 no total - foram criados pelo Decreto nº 7540/2011 para promover a discussão de políticas e medidas setoriais de incentivo à indústria.

O grupo é formado por integrantes do governo, empresários e representantes de centrais sindicais.

 

Fonte:
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior 



25/04/2012 16:27


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