Fórum Democrático: Litoral quer redirecionar turismo



O modelo econômico voltado somente para o turismo sol e mar não serve mais para as regiões do Litoral Norte. Esta constatação foi apresentada hoje pela manhã, durante a penúltima audiência pública do Fórum Democrático que trata das desigualdades regionais, realizada em Tramandaí.

A questão foi apresentada pelo presidente do Corede Litoral Norte, professor Eraclides Lumertz Maggi. Para ele, este modelo precisa ser repensado, e ainda ser agregado novos mecanismo de desenvolvimento.

O presidente do Corede Litoral Norte apresentou propostas para região durante a sua participação no audiência desta manhã. Ele entende que os pólos tecnológicos são a saída para a região, citando como exemplos a indústria moveleira, a citricultura, melhoria do reganho bovino e da indústria metalúrgica. Em áreas mais específicas, o professor cita a produção do mel em Cidreira e Pinhal.

Ainda segundo o presidente do Corede Litoral Norte, o projeto Caminho da Águas, que já consta no orçamento da União, criando alternativas de turismo para a região durante o ano inteiro. Eraclides Maggi também ressalta a importância das obras na BR 101 e na Rota do Sol para o desenvolvimento da região. Mas, ele aponta ainda como um dos problemas regionais a falta de continuidade de projetos em andamento, pois os administradores sempre personalizam seus trabalhos à frente dos municípios.

O deputado João Luiz Vargas(PDT), relator da Subcomissão Mista Especial para tratar das Desigualdades Regionais, ressaltou durante a audiência, a importância dos trabalhos da Assembléia Legislativa, que estão chegando ao fim. “Através das 22 audiências públicas foi possível fazer uma radiografia das regiões do Estado e construir um documento que será entregue ao governo do Estado, ao presidente do Tribunal de Justiça , e também à Presidência da República. Também foi possível quebrar o paradigma de que a Metade Sul é a região mais pobre e Metade Norte a mais rica”, afirmou o deputado.

João Luiz Vargas apontou a pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que será divulgada amanhã, na audiência final do Fórum. Ele ressaltou que foi possível constatar que o maior problema de todas as regiões do Estado é o desemprego. E que em segundo lugar, aparecem questões diferenciadas, como segurança pública, infra-estrutura, agricultura e saúde.

O prefeito de Tramandaí, Edegar Munari Rapaki, entende que a grande questão do Litoral Norte realmente é o fato de viver, quase que unicamente, dos meses de verão. Para ele, o problema foi agravado, este ano, pela falta dos turistas argentinos e também pelo encurtamento das férias escolares. Segundo ele, cada vez mais o calendário escolar vem dimunuindo o período de veraneio.

Participaram ainda da audiência, em Tramandaí, o secretário-geral da Uvergs e presidente da Câmara de Vereadores de Terra de Areia, Joelci Jacobs, e o prefeito de Pinhal, Vilmar Furini.



03/18/2002


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