Fórum do Senado discutirá infraestrutura com participação interativa da sociedade



Nos dias 27 e 28 de março a Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) discutirá com especialistas os principais desafios do setor, como a necessidade de recursos humanos e as interações entre as políticas públicas e os gargalos da infraestrutura nacional.

A abertura do evento será no Auditório Antonio Carlos Magalhães, no edifício-sede do Interlegis. Os debates ocorrerão nas salas das comissões e terão caráter interativo. Os cidadãos poderão enviar os questionamentos aos especialistas durante os trabalhos das mesas-redondas pelo serviço Alô Senado.

Devem participar do 1º Fórum Nacional de Infraestrutura, além dos integrantes da comissão e especialistas, parlamentares, consultores e interessados no tema. De acordo com o presidente da CI, senador Fernando Collor (PTB-AL), os participantes serão escolhidos, de preferência, dentre os palestrantes dos ciclos de audiências realizadas em 2013 pela comissão.

Entre os convidados especiais, estarão os titulares dos ministérios relacionados aos setores da infraestrutura, como Casa Civil, Transportes, Minas e Energia, Cidades, Planejamento e Integração Nacional. As mesas redondas serão divididas de acordo com os seguintes setores: Transporte de Cargas, Transporte de Passageiros, Energia Elétrica, Combustíveis, Mineração, Telecomunicações, Saneamento, Abastecimento e Irrigação.

Agenda

Segundo Collor, o objetivo do fórum é agregar os estudos já feitos pela CI nos últimos anos e buscar inseri-los nas agendas das políticas econômicas, sociais e de desenvolvimento. Além disso, a comissão pretende criar novo espaço de mobilização periódica dos principais especialistas sobre infraestrutura para reforçar a qualificação do planejamento das ações do governo.

O senador informou que o fórum será realizado anualmente, sempre no início dos trabalhos da comissão, proporcionando dois dias de debates e seminários em torno de temas previamente agendados por um comitê organizador.

"Esse será um espaço criado pelo Senado Federal e destinado ao conjunto da sociedade, aos consumidores, aos empresários e usuários, ao governo e aos especialistas. Dessa forma, será possível associar a temática de cada ano às questões mais relacionadas à conjuntura nacional, especialmente no que diz respeito às prioridades e às questões estruturantes do desenvolvimento do país", explicou Collor.

Nó logístico

O parlamentar citou dados da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), segundos os quais, na comparação com 2009-2010, o país registrou alta no consumo de energia (7,5%), gás natural (13,4%), passageiros em aeroportos (24,4%), estradas pedagiadas (6,1%), cargas em aeroportos (13,5%) e em portos (14,2%). Revelou também que apenas 41% das rodovias estão em estado considerado ótimo ou bom, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT). No Brasil, 60% das cargas são transportadas por estradas.

Para Collor, investimento e gestão são as chaves para desatar o nó logístico do país, que inclui estradas sem condições de tráfego, aeroportos saturados, malha insuficiente de ferrovias e hidrovias, e portos sem dragagem. Ele destacou que o Brasil deve especial atenção aos aeroportos, principalmente com a realização da Copa do Mundo este ano e outros eventos, como as Olimpíadas, em 2016.

"Para acompanhar o ritmo da demanda, prevê-se a necessidade de o país aumentar a capacidade atual dos aeroportos em 2,4 vezes (de 130 milhões para 310 milhões de passageiros por ano) até 2030, o que consumiria até R$ 34 bilhões em investimentos", disse o senador.



28/02/2014

Agência Senado


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