Fórum Mundial de Ciência propõe novo modelo de desenvolvimento



A declaração do 6º Fórum Mundial de Ciência (FMC) foi divulgada no início da tarde desta quarta-feira (27), no encerramento do encontro, no Rio de Janeiro (RJ). O documento aprovado pelos participantes enfatiza a necessidade de um novo modelo de desenvolvimento e a responsabilidade da ciência na sua construção.

O texto defende esforços de pesquisa intensa, abordagens interdisciplinares e transdisciplinares para enfrentar os desafios crescentes do desenvolvimento sustentável global, dos quais são destacados: crescimento populacional, mudanças climáticas, catástrofes, escassez de energia e água, concentrações urbanas em crescimento, epidemias, desigualdade social e pobreza.

É frisado o imperativo mencionado de repensar as iniciativas científicas e a cooperação em face da atual desigualdade no acesso a conhecimento, recursos naturais e serviços sociais entre outros itens. “Isso implica a construção de um novo paradigma de desenvolvimento, que combina a possibilidade de desenvolvimento social e econômico regional com a conservação da natureza e da cultura dos povos indígenas”, concluem os participantes do fórum.

O conteúdo reafirma conclusão do documento The Future We Want (“O futuro que queremos”, resultado da conferência Rio+20), de que “erradicar a pobreza é o maior desafio global que o mundo enfrenta hoje, e um requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável”.

Segundo a declaração, os cientistas são eticamente responsáveis, de forma individual e coletiva, pelo avanço da ciência e pelo uso de seus benefícios para a sociedade. Além disso, é urgente o diálogo com o público geral para o desenvolvimento de investigações em áreas com implicações morais e éticas.

Encerramento

A cerimônia foi conduzida pelos presidentes da Academia Brasileira de Ciências, Jacob Palis, e de sua correspondente húngara, Jószef Pálinkás. Compuseram a mesa o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Glaucius Oliva, representando o ministro Marco Antonio Raupp, e a a diretora-geral assistente para as Ciências Naturais da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Gretchen Kalonji.

Por videoconferência, a princesa Sumaya bint El Hassan, presidenta da Sociedade Científica Real da Jordânia, comentou o resultado das negociações e a futura realização da oitava edição do fórum, em 2017, em seu país – a de 2015 será na Hungria.

Fonte:
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação



27/11/2013 16:58


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