Francelino quer rejeição de projeto polêmico que altera o Código Florestal
Para ilustrar sua tese de que a retirada da floresta provoca a desertificação do solo amazônico, Francelino contou a história de um amigo seu, ruralista, que vendeu uma fazenda de 100 alqueires no Paraná e comprou uma de mil alqueires na Amazônia. Cinco anos depois, havia desistido da região Norte e investia na plantação de café no sul de Minas.
- Depois de derrubada a floresta, o solo é muito fértil. Mas no ano seguinte, não nasce nem abobrinha, contou meu amigo - disse Francelino, que considera o projeto de conversão de Micheleto um atentado ao país e um convite ao desflorestamento e acredita que a alteração proposta pelo deputado vai acelerar o processo de desertificação da região.
Em aparte, dois senadores da Região Norte, Amir Lando (PMDB-RO) e Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR) defenderam o projeto de Micheleto. Lando afirmou que o projeto de conversão apenas abre oportunidade aos estados da região para que observem o Zoneamento Ecológico já instituído, como é o caso de Rondônia. Em algumas regiões, já desmatadas, o projeto de conversão permite que se preserve 20% da cobertura vegetal, afirmou Lando. Já Mozarildo disse ficar estarrecido com as "inverdade divulgadas por pessoas que quase não conhecem a região amazônica, baseadas em informações de instituições que querem engessar o crescimento econômico da região".
04/09/2001
Agência Senado
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