Freitas Neto critica preços de livros didáticos
Os preços "extorsivos" cobrados pelos livros didáticos no país motivaram críticas em Plenário, nesta sexta-feira (15), do senador Freitas Neto (PSDB-PI), que está examinando um anteprojeto de lei sobre esse tipo de publicação. Segundo o senador, enquanto é possível comprar clássicos da literatura brasileira e estrangeira em bancas de jornal por cerca de R$ 10,00, o preço dos livros didáticos situa-se na faixa de R$ 50,00.
"Para uma família que tem dois ou três filhos na escola, esse gasto fica muito elevado", comentou, observando que as despesas escolares pesam ainda mais se somadas ao pagamento de matrícula e mensalidades. Não bastasse o alto custo do material didático, acrescentou Freitas Neto, é curta a validade dos livros adotados, substituídos forçosamente a cada início de ano letivo, o que impede seu aproveitamento por novos alunos.
Na opinião do senador tucano, os estudantes dos ensinos fundamental e médio precisam de livros didáticos de qualidade mas que sejam ofertados a preços compatíveis com o poder aquisitivo da população. "Criticamos o abuso de preços e queremos que seja oferecido um material bom a preços razoáveis, sem exploração", declarou.
Ao abordar as constantes queixas dos pais sobre excessos nos preços dos livros didáticos, Freitas Neto esclareceu não ser contra a liberdade de escolha do material por professores e escolas e disse que não quer que os alunos se contentem com produtos mais baratos, mas de menor qualidade. O parlamentar estranhou apenas o descompasso existente entre os preços dos didáticos e de outros livros com "papel, impressão e conteúdo até melhores".
Freitas Neto apelou às Comissões de Educação do Senado e da Câmara para que aprofundem o debate sobre essa questão. Na opinião do senador, garantir aos estudantes livros didáticos de qualidade a preços razoáveis é "uma questão de justiça e uma aposta no futuro".
15/03/2002
Agência Senado
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