FREITAS NETO CRITICA PROPOSTA DE EXTINÇÃO DE TRTS NAS REGIÕES MAIS POBRES
Entre os TRTs ameaçados de fechamento estão os das regiões mais pobres, como os do Piauí, Maranhão, Alagoas, Sergipe e Mato Grosso, mas o senador manifestou sua convicção de que a proposta será revista como resultado de promissoras negociações entre o colégio de presidentes de TRTs e a relatora da reforma do Judiciário, a deputada Zulaiê Cobra (PSDB-SP), que teria demonstrado "compreensão para os justos pleitos dos tribunais ameaçados".
Freitas Neto rejeitou dois argumentos utilizados para justificar o fechamento dos TRTs. Um deles seria o da economia de recursos, o que, no caso do TRT-PI (22ª região), representaria exatos 0,039% das despesas orçamentárias da União, ou 0,67% do orçamento total da Justiça do Trabalho, contabilizou o senador.
O principal argumento - o de que os TRTs ameaçados contam com poucas juntas de conciliação e julgamento - também não resiste à lógica mais elementar, na opinião de Freitas Neto, pois a existência ou não das juntas "nada tem a ver com a inexistência de processos trabalhistas". No Piauí, segundo o senador, há cinco juntas em três localidades - Teresina, Parnaíba e São Raimundo Nonato - e o TRT já solicitou diversas vezes ao governo federal a criação de novas juntas, dado que 55 comarcas ficam a cargo de juízes de direito, sendo que os recursos vão para o TRT. O TRT-PI tem julgado uma média de três a quatro mil processos por ano e, caso extinto, "o que acontecerá com os reclamantes? Deverão viajar a Fortaleza ou ao Recife para acompanhar seus processos?", questionou.
27/09/1999
Agência Senado
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