Fuga de depósitos leva ao desespero mercado argentino



Fuga de depósitos leva ao desespero mercado argentino

Uma nova fuga de depósitos, a continuidade da escalada da taxa de risco-país, a queda da Bolsa de Buenos Aires e as indefinições do FMI em conceder um perdão à Argentina levaram ontem ao desespero o mercado financeiro no país. Entre muitas especulações - desvalorização do peso, calote, renúncia do presidente e de ministros -, foi vista com mais seriedade a de dolarização da economia.

O chefe de assessores do Ministério da Economia, Guillermo Mondino, afirmou que "a dolarização é uma alternativa dentro da conversibilidade", embora descartando que isso esteja em discussão pelo governo. O ministro da Economia, Domingo Cavallo, pediu aos argentinos que "deixem o dinheiro nos bancos".

O rumor de um iminente congelamento dos depósitos havia levado milhares de argentinos aos bancos e caixas eletrônicos para fazer retiradas. A boataria não chegou a afetar o mercado brasileiro, onde o dólar fechou em queda de 1,73%, vendido a R$ 2,496. (pág. 1, B1 e B4)


  • Cercado na cidade de Kandahar, seu último reduto, o Taleban negocia a rendição com líderes tribais da etnia pashtun. "Há discussões entre as forças da oposição e os dirigentes do Taleban sobre uma possível capitulação", informou o comandante-adjunto do Estado Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, general Peter Pace.

    Segundo fontes de Washington, o líder do Taleban, mulá Mohammed Omar, teme ser morto e tenta negociar sua rendição pessoal à Aliança do Norte, que já tomou quase todo o Afeganistão. Os EUA, porém, opõem-se a qualquer acordo que venha a garantir a liberdade de Omar. (pág. 1 e A19)


  • A reunião de Bonn, na Alemanha, para definir o futuro governo de transição do Afeganistão foi afetada ontem por divergências entre a delegação da coalização Aliança do Norte e seu líder e proclamado presidente afegão, Burhanuddin Rabbani. O impasse surgiu quando Rabbani recusou uma lista de nomes da Aliança para compor o governo. (pág. 1 e A22)


  • O ministro da Saúde, José Serra, pré-candidato do PSDB à Presidência da República, defendeu ontem, no Rio, a transformação do Ministério do Desenvolvimento em Ministério do Comércio Exterior. Essa pasta, de acordo com a tese de Serra, passaria a controlar a política tarifária, hoje no âmbito da Receita Federal. (pág. 1 e B7)


  • O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que "ainda deve", mas está começando a pagar a "dívida social" brasileira. Durante evento do projeto Bolsa-Escola, ele afirmou que os cerca de R$ 20 bilhões entregues de forma direta à população são uma contribuição para melhorar a distribuição de renda. (pág. 1 e A4)


  • O ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega disse ontem que os prefeitos devem deixar de lado o paternalismo dos empréstimos da União e buscar soluções inovadoras.

    Ele pretende defender essa tese e apontar alternativas ao participar, segunda-feira, do seminário "Grandes Cidades: Desafios Gerenciais e Financeiros", em São Paulo. (pág. 1 e C6)


  • Por 255 votos a favor, 205 contrários e uma abstenção, o Governo aprovaria o projeto que dá a convenções e acordos coletivos mais força que a CLT. O resultado foi divulgado ontem, depois de uma perícia no painel da Câmara, que na quarta-feira entrou em pane. Peritos da Unicamp concluíram que uma falha técnica travou o painel.

    Outra votação está marcada para terça-feira e agora, com o resultado, os líderes governistas tentarão aumentar a pressão para que mais deputados, principalmente do PMDB e do PTB, votem a favor do projeto. (pág. 1 e B10)


  • Em outubro de 2002 haverá uma vacina contra a Aids, de acordo com previsão de cientistas feita em reunião da Organização Mundial da Saúde com as sete maiores empresas farmacêuticas internacionais, em Genebra. Cerca de dez vacinas estão sendo testadas atualmente no mundo.

    Os laboratórios, porém, temem que o Brasil e outros países ameacem quebrar a patente da vacina, alegando emergência nacional. Hoje é o Dia Mundial da Luta contra a Aids, mas o Governo federal e ONGs anteciparam para ontem o anúncio de pesquisas e manifestações em defesa da prevenção. (pág. 1 e A14)



    EDITORIAL

    "O 'fast track' volta ao Congresso americano" - O 'fast track' é um instrumento indispensável para o prosseguimento das conversações para a criação da Alca e para a nova rodada global da OMC. Sem ele, não adianta fechar acordos com os EUA. (pág. 1 e A3)




    12/01/2001


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