Para mercado, pacote argentino é moratória
A renegociação de parte da dívida interna argentina, incluída no pacote anunciado na noite da quinta-feira pelo presidente Fernando de la Rúa, foi avaliada pelo mercado internacional como uma moratória não declarada.
A desconfiança de que o País não tem condições de cumprir seus compromissos e a indefinição sobre detalhes da renegociação levaram a taxa de risco da Argentina a bater ontem seu recorde histórico: 25,22% (contra 24,56% atingidos em 1995 durante a crise mexicana), para fechar o dia a 24,46%.
Nem o apoio do G-7, o grupo dos sete países mais ricos, e do Fundo Monetário Internacional (FMI) às medidas impediu que a agência Fitch qualificasse o risco dos títulos argentinos de longo prazo apenas dois pontos acima da categoria de 'default' (calote). (pág. 1, 17 e 18)
Segundo o diplomata, os integrantes da rede seriam brasileiros de origem árabe que enviam dinheiro para grupos terroristas como Hamas (palestino) Hezbollah (libanês) e Jihad Islâmica egípcia. (pág. 1 e 22)
Para o embaixador, Fernando Henrique errou ao atacar a decisão dos Estados Unidos de manter subsídios à agricultura e de não aderir ao Protocolo de Kioto e à proposta de criação do Tribunal Penal Internacional. (...) (pág. 3)
EDITORIAL
"Bons efeitos" - Com a apresentação do relatório do senador Bernardo Cabral na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado sobre a reforma do Judiciário, vale a pena insistir na conveniência de adotar-se o dispositivo jurídico da súmula de efeito vinculante.
Se a proposta for aprovada, juízes e tribunais de instâncias inferiores serão obrigados a seguir decisões do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça.
Com esse filtro, que simplifica o processo judicial, o STF e o STJ deixarão de reexaminar assuntos sobre os quais já tenham se pronunciado. E a Justiça, notória pela lentidão, ganhará velocidade. (...) (pág. 6)
COLUNAS
(Panorama Político - Diana Fernandes) - Alvo de constantes críticas do PT, o programa Bolsa-Escola do Governo federal, que dá auxílio de R$ 15 por cada filho de família carente na escola, ganhou ontem do ex-governador Cristovam Buarque mais uma estocada: "A Argentina, à beira da bancarrota, está fazendo uma coisa mais decente que o Brasil. O programa de Fernando Henrique ficou mais vergonhoso ainda". (...) (pág. 2)
(Nhenhenhém - Jorge Bastos Moreno) - O governador Jarbas Vasconcelos recebeu para almoço o líder do PMDB, Geddel Vieira Lima.
Discutiram o que fazer com Itamar Franco.
Consolidou-se nessa conversa a candidatura de Michel Temer para enfrentar o governador de Minas.
Na aposta dos dois, ou dá cara ou coroa. Cara: a vitória de Michel. Coroa: uma debandada geral para a candidatura tucana, seja ela qual for.
Cara quer dizer também que o PMDB, na última hora, fica com a vice. Coroa favorece o PFL. (pág. 3)
(Ancelmo Gois) - A perspectiva de poder em 2002 faz o PT pensar duas vezes na hora de cortar impostos. Na reunião sobre a CPMF, o partido queria esticar a cobrança até 2004 (os outros líderes preferem 2003 para forçar o sucessor de FH a fazer a reforma tributária).
O bochicho, depois da reunião, era de que, em matéria de receita, não se sabe quem é mais governo, se o PSDB ou o PT. (pág. 12)
11/03/2001
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