Mercado vê calote no plano argentino
A proposta de reestruturação da dívida argentina anunciada pelo presidente Fernando de la Rúa foi mal recebida pelo mercado. A interpretação predominante é a de que a medida significaria um calote parcial.
O risco-país, que mede o temor dos investidores de que as dívidas não venham a ser honradas, subiu para 2.491 pontos (alta de cerca de 8,5% em relação à véspera). O índice Merval, da Bolsa de Buenos Aires, registrou queda de 2,7%.
Pela proposta, os títulos da dívida seriam trocados por outros, com juros de 7% anuais - a taxa média atual é de 12%.
Agências classificadas de risco informaram que poderiam qualificar como calote a reestruturação da dívida. A Fitch rebaixou a nota do país. O G-7, o grupo das sete nações mais industrializadas do mundo, divulgou nota apoiando a iniciativa argentina, mas não citou a hipótese de destinar recursos ao país. (pág. 1 e cad. Dinheiro)
Em números absolutos, foram eliminados 415 mil postos, no maior corte em 21 anos. Como reflexo dos atentados de 11 de setembro, as empresas aéreas fecharam no mês passado 42 mil vagas, e a indústria do turismo cortou 11 mil.
Em outubro de 2000, o desemprego nos EUA era de 3,9%. Desde março, o setor privado americano eliminou 1,2 milhão de vagas. (pág. 1 e B5)
Foram atingidos alvos do sul de Mazar-e-Sharife e ao norte de Cabul. O aparente fracasso dessa ofensiva fez crescerem as pressões nas Forças Armadas americanas para que o país envie soldados ao Afeganistão para combater o Taleban - hoje, há pouco menos de cem homens em território afegão. (pág. 1 e A13)
A empresa deverá revelar códigos e terá de permitir que fabricantes instalem programas de outras companhias. (pág. 1 e B7)
Segundo funcionários de empresas que bancaram a recontagem, o resultado favorece o então vice-presidente democrata, Al Gore. (pág. 1 e A15)
O afastamento do avião reduziu a frota da empresa a cinco aeronaves e causou confusão nos aeroportos - passageiros esperaram até três horas para embarcar. (pág. 1 e B7)
EDITORIAL
"Suspeitas crescentes" - O aproximar das eleições geralmente coincide com o aumento de casos de suspeitas de irregularidades envolvendo, direta ou indiretamente, protagonistas do pleito.
Com a perspectiva de uma troca ampla de poder no próximo ano - Presidência da República, toda a Câmara dos Deputados, dois terços do Senado, todos os governos e Legislativos estaduais -, era de esperar que a regra se repetisse.
Se for tornado o campo da disputa pela cadeira hoje ocupada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, há pelo menos três casos que, ainda embrionários, ameaçam resvalar em políticos bem cotados para assumir o Planalto em 2003: Tasso Jereissati, José Serra (ambos do PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). (pág. 1 e A2)
COLUNA
(Painel) - A Polícia Federal encontrou nos computadores da lobista Maria Auxiliadora dados sobre um projeto da Sudam que receberia R$ 5,5 milhões.
O Carabal Resort Hotel, no PA, teria como sócios Elder Zaluth Barbalho e Jader Barbalho Fontenele Filho, respectivamente sobrinho e filho do ex-senador Jader.
11/03/2001
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