Furlan diz que pequenas e médias empresas vão exportar mais
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, informou nesta terça-feira (1) aos senadores da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) que uma das prioridades de sua área será a criação de linhas de investimento voltadas ao incremento das exportações pelas pequenas e médias empresas. Para isso, o governo já está realizando reuniões periódicas com representantes do Banco do Brasil (BB), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Caixa Econômica Federal (CEF) e dos ministérios relacionados à área de exportação com a intenção de planejar uma ação coordenada e conjunta.
A informação foi dada em resposta ao senador Geraldo Mesquita Júnior (PSB-CE), que manifestou sua preocupação com as dificuldades enfrentadas pelas pequenas e médias empresas para conseguir aumentar suas exportações. O maior problema residiria na excessiva burocracia que as empresas encontram ao solicitar créditos para exportação e não na ausência de qualidade do produto nacional diante da concorrência internacional.
O ministro concordou com as preocupações de Mesquita Júnior e disse que sua equipe já está estudando medidas práticas e efetivas para reduzir a burocracia, como a não aplicação do Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) às empresas exportadoras e a criação de linhas específicas para exportação.
- Essa coordenação servirá para melhorar a irrigação dessas empresas e a opinião pública pode ter certeza que em pouco tempo esse ministério apresentará frutos muitos positivos para o país. A nossa equipe está voltada para os desafios do futuro e a motivação é extraordinária - disse Furlan.
Estímulos regionais
Também o senador Fernando Bezerra (PTB-RN) manifestou seu receio com os empecilhos que as pequenas e médias empresas, particularmente as das regiões Norte e Nordeste, enfrentam para desenvolver projetos de exportação. Na opinião do senador, o governo deve implementar um plano estratégico de financiamento e promoção comercial dos produtos dessas empresas. Ele elogiou o desempenho de Furlan e solicitou informações sobre o projeto de instalação de 120 pólos de exportação no Nordeste, especialmente o de sua cidade natal, Santa Cruz (RN), onde seria instalado o primeiro deles.
Os senadores Romero Jucá (PSDB-RR) e Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) também registraram preocupação com a ineficácia das políticas de estímulo à exportação voltadas para as regiões mais pobres do país. Jucá observou, inclusive, que as citadas linhas de crédito específicas já existem, mas não operam efetivamente.
Em resposta às indagações, Furlan disse que compartilhava das inquietações dos senadores, pois reconhecia as dificuldades das empresas dessas regiões e a necessidade de dar atenção a elas. Ele lembrou a existência de um ministério específico, o da Integração Nacional, para tratar do assunto e disse que, na sua área de atuação, mapeia a produção dos estados para estimular o intercâmbio de informações entre as empresas que atuam complementarmente.
01/04/2003
Agência Senado
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