Garibaldi defende transparência no uso de cartões corporativos pela administração pública



O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, defendeu, nesta quarta-feira (30), que a Controladoria Geral da União (CGU) apure os gastos realizados por ministros com cartões corporativos. Para Garibaldi, a utilização desses cartões deve ter fiscalização permanente e todas as compras com esses meios devem ser transparentes.

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Na opinião do presidente do Senado, o governo deve adotar providências para evitar que, no futuro, haja descontrole dos gastos. Garibaldi ressaltou que o dinheiro do contribuinte não pode ser tratado com descaso.

- Acho que isso precisa ser levantado, apurado, mas não ficar só nisso. [É preciso] tomar providências para que, no futuro, não se tenha esse descontrole com gastos - observou.

Na mesma entrevista concedida nesta quarta-feira, Garibaldi respondeu a questões a respeito do possível ingresso de Edison Lobão Filho no PMDB. Na opinião do presidente do Senado, o suplente e filho do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, precisa ser ouvido pelo partido sobre denúncias de que participava como sócio oculto de uma distribuidora de bebidas supostamente envolvida em esquema de sonegação de impostos e, depois, decidir se convém seu registro na legenda.

Executivo

Garibaldi informou ainda que a edição de medidas provisórias é uma questão que deverá fazer parte da pauta de discussões da reunião de líderes marcada para o dia 12 de fevereiro. Apesar de concordar que o excesso de medidas provisórias dificulta o trabalho do Legislativo, o presidente do Senado ressaltou que não conversou sobre o assunto com nenhuma autoridade do Executivo.

- Estou tratando disso no âmbito da autonomia do Poder Legislativo. Seria bom que o Executivo chegasse a um entendimento com o Legislativo sobre isso - disse.

O presidente do Senado abordou na entrevista, ainda, procedimentos da sessão solene de abertura dos trabalhos legislativos - 16h do dia 6 de fevereiro - e defendeu a presença do presidente da República nesse evento. Informou que proposta de emenda à Constituição (PEC 64/99), de autoria do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), com essa finalidade,já foi aprovada pelo Senado e foi remetida à Câmara dos Deputados, onde tramita como PEC 21/07.

A Constituição prevê o envio de mensagem pelo presidente da República por ocasião da abertura da sessão legislativa, sem que seja obrigatória a presença do chefe do Executivo.



30/01/2008

Agência Senado


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