Garibaldi diz que adesão do PSDB à candidatura de Tião Viana não mudaria o quadro atual, mas "traria um certo abalo"



Em entrevista ao chegar ao Senado na tarde desta terça-feira (27), o presidente da Casa, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), disse que o apoio do PSDB à candidatura do senador Tião Viana (PT-AC) à Presidência do Senado "traria um certo abalo", mas não chegaria a "virar o quadro" que, para ele, é bastante favorável ao candidato de seu partido, o senador José Sarney (PMDB-AP). Ressalvou, entretanto, não acreditar que o partido declare apoio ao candidato do PT. A decisão do PSDB, também informou, deve ser tomada até quinta-feira (29).

- Acredito que o PSDB vá apoiar o senador José Sarney. Não sei se o PSDB vai ser o fiel da balança, mas é uma posição importante a ser divulgada pelo partido - afirmou Garibaldi.

O presidente do Senado disse que o voto secreto "permite que cada um vote de acordo com sua consciência, mais à vontade". Ele disse refutar a teoria segundo a qual o voto secreto pode esconder uma traição.

Garibaldi afirmou que as informações que vem recebendo deram-lhe convicção de que o pleito no Senado caminha para eleger o senador José Sarney. Disse que 17 senadores do partido confirmaram presença na reunião desta quarta-feira (28), na residência oficial do Senado, que deverá oficializar a candidatura do senador Sarney. Nomeou os três que estarão ausentes: os senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Pedro Simon (PMDB-RS) e Mão Santa (PMDB-PI), sendo que este último está na Espanha e chegará a Brasília sábado (31).

Garibaldi disse ainda não acreditar que a eleição no Senado afetará os compromissos que as bancadas têm em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

- Até porque o presidente resolveu não interferir e divulgou essa posição ontem [segunda-feira], após reunião com seu conselho de coordenação política - lembrou.

Sobre a presença dos partidos nas comissões temáticas do Senado, Garibaldi afirmou que a articulação para o comando dessas comissões "não obedece muito àquela lógica de governo e oposição". Perguntado por um repórter se a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) "lhe cairia bem", o presidente do Senado disse ser "uma feliz ideia" do repórter.

- Não sei se vai 'cair' mesmo, mas não deixa de ser uma ideia feliz - afirmou.



27/01/2009

Agência Senado


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