Garibaldi diz que sociedade não pode omitir-se na educação do país



Ao abrir, na manhã desta terça-feira (22), o 2º Simpósio e Fórum Público em Educação, Igualdade e Justiça Social, realizado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) da Casa, e pelo Ministério da Educação, o presidente do Senado, Garibaldi Alves, afirmou que, mais importante que investir em tecnologia, é envolver a sociedade na educação dos jovens.

- O que precisamos é sintonizar investimentos em tecnologia, mas também envolver a sociedade nesse debate. Nós precisamos envolver a comunidade no debate do dia-a-dia da educação. Tem de passar pela tecnologia, mas tem de passar, acima de tudo, pela conscientização dos nossos cidadãos - alertou.

No entender do presidente do Senado, a inclusão tecnológica acontecerá naturalmente, mas quem vai aplicá-la terá de conscientizar-se da importância de sua tarefa. Em sua opinião, o envolvimento do jovem no que ele aprende deve implicar um envolvimento de toda a família.

- Falo porque sinto que só vamos resolver a pobreza, a miséria de nosso país, se educarmos nossos jovens, e não só colocá-los na escola. Nós já temos sessenta milhões de crianças matriculadas. Mas, desses sessenta milhões, quantos chegam ao ensino médio e quantos aprendem o que deveriam aprender no ensino médio? E quantos chegam à universidade?

Garibaldi Alves mencionou entrevista dada pela secretária de Educação de São Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro, para quem o que mais falta no Brasil é integração na família e co-responsabilidade dos pais pela educação dos filhos. Como lembrou o presidente do Senado, a secretária de estado afirmou que, no dia em que o Brasil discutir a educação como discute as novelas da televisão, o país alcançará o que deseja.

O presidente do Senado afirmou ainda que, no tocante à educação, está na hora de os políticos deixarem de lado quaisquer diferenças partidárias.

- A situação é tão grave que o senador Cristovam Buarque [PDT-DF] já me propôs que fizéssemos uma CPI da Educação para se apurar o que está acontecendo. Não foi um senador que desconhece o tema, mas o que mais conhece. Apesar do medo que têm alguns de CPI, eu não tenho medo. O meu medo é que se criem tantas e que elas não apurem o que tem de ser apurado. Essa CPI deveria traçar um roteiro inovador, capaz de apontar um dedo na ferida do que há de errado e do que há de certo na educação brasileira - destacou.



22/04/2008

Agência Senado


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