Garibaldi diz que Tuma explicará contratos das empresas terceirizadas
"Eu acho que quem deve falar agora é o corregedor-geral, Romeu Tuma". A afirmação é do presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, ao ser questionado pelos jornalistas, nesta terça-feira (19), sobre providências em relação às matérias publicadas pela mídia a respeito de irregularidades apontadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público em contratos com empresas terceirizadas pelo Senado.
- Romeu Tuma foi designado por mim para ler, acompanhar, verificar tudo o que foi apurado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal. Ele é que deve dizer o que existe com relação ao Senado nesse caso. Creio que o senador Efraim Morais [1º secretário do Senado] também está esperando pela palavra de Romeu Tuma. Ele me disse que agora iria aguardar a palavra de Tuma. São informações que, oficialmente, como corregedor, Romeu Tuma dará ao Senado. Vou pedir a ele que apresse isso. O próprio Efraim deve estar desejoso de ver isso esclarecido - afirmou.
Pouco depois da entrevista de Garibaldi, assessores do gabinete de Romeu Tuma (PTB-SP) informaram à imprensa que o corregedor está finalizando seu relatório e que, tão logo o conclua, o levará para o presidente da Casa.
Na mesma entrevista concedida cedo, Garibaldi descartou a idéia de enviar esse assunto para a análise do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. O presidente do Senado explicou que não pode simplesmente enviar matérias de jornal para o exame desse colegiado. Só munido de uma denúncia concreta, explicou ele, é que poderia tomar providências que levassem o assunto ao Conselho de Ética.
- O Conselho de Ética só começa a estudar o assunto depois de referência clara do corregedor. Creio que o conselho só poderia entrar no assunto depois dessa resposta do senador Romeu Tuma. E depois, o conselho não deve entrar no assunto a partir do nada. Não pode entrar por causa de notícias da imprensa, é preciso esperar pela apuração total - explicou.
Indagado, ainda, se está incomodado com noticiário do Correio Braziliense desta terça-feira, sobre as licitações do Senado, Garibaldi Alves respondeu que isso, de fato, precisa de esclarecimento.
- Não estou incomodado. O que acho é que o Senado precisa dar uma resposta pronta, cabal, um esclarecimento a respeito disso tudo. Isso termina respingando na imagem do Senado - disse.
De acordo com a matéria, o lobista Eduardo Ferreira, citado como intermediador de contratos do Senado com empresas suspeitas de corrupção, teria sido flagrado pela Polícia Federal abrindo, com uma chave própria, o gabinete do senador Efraim Morais (DEM-PB).
19/08/2008
Agência Senado
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