Garibaldi: o sonho americano hoje se chama Barack Obama
O presidente do Senado, Garibaldi Alves, celebrou a eleição do democrata Barack Obama à Presidência dos Estados Unidos. Em entrevista concedida à saída da solenidade em que o Congresso celebrou os 20 anos da Constituição, Garibaldi afirmou ter certeza de que a chegada de Obama à Casa Branca significará um melhor relacionamento entre Estados Unidos e América Latina.
- A eleição de Barack Obama foi uma demonstração de que a política que estava sendo levada a efeito pelos republicanos era uma política errada, intervencionista. É uma demonstração de que, agora, e eu tenho essa convicção, o presidente americano vai procurar um melhor relacionamento não apenas com a America Latina, mas com o mundo inteiro.
Na entrevista, Garibaldi frisou que hoje o mundo assiste não apenas à realização do sonho americano, mas a uma mudança extraordinária. Em sua opinião, a repercussão dessa eleição ainda não pôde ser efetivamente analisada. Mas é um fato histórico da maior relevância, o que só aumenta a responsabilidade do eleito.
- Hoje há uma mudança e essa mudança se chama Barack Obama. Achei fundamental que ele se elegesse, até para vencer essa crise financeira que assusta o mundo. Porque essa crise financeira é também uma crise de natureza psicológica, de natureza social. Então, eu tenho certeza que vai haver um horizonte novo, um enfrentamento novo dessa crise financeira internacional.
Ao responder às perguntas dos jornalistas, Garibaldi foi também questionado sobre o desequilíbrio entre os Poderes da República, situação que o incomoda e que ele, mais uma vez, deixou claro num discurso feito em Plenário. Na opinião do presidente do Senado, o excesso de medidas provisórias, que são editadas pelo Executivo, interfere na prerrogativa que tem o Parlamento de legislar. E o excesso de normas emanadas do Judiciário incide no mesmo pecado.
- Eu acho que há um desequilíbrio, sempre achei, mas também sempre achei que deveríamos reagir. Nós não podemos apenas ficar falando, nós temos que reagir e agir. Eu sozinho não sou capaz de, como presidente, fazer frente a esse desequilíbrio que existe. Por isso sempre reclamo.
05/11/2008
Agência Senado
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