Garotinho: 'Eu serei o diferencial'



Garotinho: 'Eu serei o diferencial' Governador diz que a Lula falta experiência administrativa e Ciro está comprometido com crise do país Em sua primeira visita a Porto Alegre como candidato à Presidência da República em 2002, o governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, afirmou ontem: 'Eu serei o diferencial da oposição'. Ele atribui a expectativa ao fato de ter experiência na administração pública, pois foi duas vezes prefeito e exerce o primeiro mandato como governador com índices elevados de popularidade. Garotinho enfatizou que pretende fazer uma campanha propositiva, ao contrário dos demais candidatos, que optaram por apenas contestar as ações do governo federal, sem apresentar soluções. 'Vou baixar as taxas de juros, acabar com os benefícios ao sistema financeiro e incentivar a cadeia produtiva', exemplificou. O governador disse que, a partir de abril do próximo ano, licenciado do governo do estado, vai se dedicar integralmente a mostrar a proposta do PSB. 'Faremos campanha sem radicalismos e voltada a projetos que garantam o desenvolvimento nacional', acrescentou. Garotinho afirmou que leva vantagem sobre Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e Ciro Gomes, do PPS, porque, enquanto um não tem experiência administrativa, o outro está vinculado ao sistema financeiro. Declarou que, embora Ciro critique o governo de Fernando Henrique, está comprometido, acusando-o de ser um dos responsáveis pela crise que o país vive, referindo-se à sua passagem pelo Ministério da Fazenda. Garotinho não acredita que a eleição ficará polarizada e vê chances de dois candidatos da oposição disputarem o 2º turno. O governador comentou que o PSB não está preocupado em se coligar, mas admitiu que vem negociando com pequenos partidos de centro-esquerda para aliança no 1ºO turno, entre eles o PL (Partido Liberal). Os dirigentes estaduais do PL aproveitaram a visita do Garotinho para manifestar o apoio oficial à sua candidatura à Presidência. Sobre as dificuldades de comportar alianças regionais entre partidos que têm candidaturas presidenciais diferentes, Garotinho disse que o palanque deverá ser ocupado por quem estiver no Estado naquele período. 'Se eu vier, o PSB fará a minha campanha e os companheiros do PT abrirão espaço, como procederemos em outras regiões', sugeriu. O governador esteve no Estado para conversar com empresários e participar de ato de filiações em Bagé. Ele concedeu entrevista ao programa Espaço Aberto, no Estúdio Cristal da Rádio Guaíba. Zambiasi aceita disputar Senado O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Zambiasi, do PTB, admitiu ontem que deverá ser candidato a senador nas próximas eleições, projetando concorrer ao Palácio Piratini em 2006. 'As duas bases que me norteiam politicamente, os meus eleitores e a minha família, apontam para a candidatura ao Senado. Acredito que para governar o Rio Grande do Sul seja necessária uma passagem pelo Congresso, de onde se tem uma visão maior do Brasil', explicou Zambiasi. Segundo ele, todos os últimos prefeitos de Porto Alegre e governadores do Estado estiveram na Câmara dos Deputados ou no Senado. Zambiasi reconhece que o PTB poderá repetir regionalmente a aliança nacional com o PPS e não descarta a participação do PDT. 'Ainda é cedo e nada está fechado. Sou contra a formação de frentes no 1º turno e a montagem prematura de chapa', analisou. Fogaça critica cúpula do PMDB O senador José Fogaça anunciou ontem a saída do PMDB e o ingresso no PPS, afirmando ter sido a decisão mais difícil e dolorida de sua vida. Em 27 anos de militância no MDB e no PMDB, o senador declarou ser impossível continuar convivendo com o comando nacional do partido pela divergência nos métodos de fazer política. 'Fui penosamente excluído pela cúpula durante sete anos por me opor à prática contraditória aos padrões que aprendi a respeitar. A aproximação com o governo federal existe para autobenefício e acumulação de mais poder, pensando em eternizar um grupo no comando partidário e não no interesse público', argumentou. Fogaça admitiu que o fato de não ter sido indicado à presidência do Senado pesou na decisão. Porém, observou que isso não determinou a desfiliação. Fogaça salientou que a saída não se deveu a problemas com a direção estadual do PMDB nem com o senador Pedro Simon. Ele enviou carta ao presidente do partido no Estado, Cezar Schirmer, justificando a opção. 'O apreço e a distinção com que me trataste desde o dia de tua posse são motivos do meu permanente reconhecimento', disse no texto. Ele acrescentou ter ingressado no PMDB pela mão de Simon, considerado exemplo de vida pública. 'A diferença é que ele acredita na possibilidade de superar os problemas internos, enquanto passei a ficar incrédulo', ressaltou Fogaça. Bernardi convida PSDB para aliança ao Piratini O presidente estadual e candidato ao governo do Estado pelo PPB, Celso Bernardi, convidou ontem o PSDB a formar uma aliança para as eleições do próximo ano. Bernardi se reuniu com o presidente estadual do PSDB, deputado Jorge Gobbi, e pediu que os tucanos passem a analisar a composição de chapa comum ao Palácio Piratini. Gobbi levará sábado a proposta à Câmara Municipal de Porto Alegre para a executiva estadual do partido debater. Bolzan homenageado na Assembléia Legislativa O ex-deputado estadual Romildo Bolzan foi homenageado ontem pelo deputado Ciro Simoni, do PDT, em grande expediente especial na Assembléia Legislativa. Simoni recordou a trajetória de Bolzan desde a militância estudantil até o exercício de três mandatos como deputado e os períodos como conselheiro e presidente do Tribunal de Contas do Estado e da Agergs, destacando sua luta incansável pela democracia. Comunidade avalia orçamento A Assembléia Legislativa realizou ontem, em Vacaria e Bento Gonçalves, as duas primeiras audiências do Fórum Democrático para debater a proposta orçamentária de 2002. Os trabalhos foram coordenados pelo vice-presidente da Comissão de Finanças, deputado Ronaldo Zülke, do PT. O secretário Ubiratan de Souza, do Gabinete de Orçamento e Finanças do governo, apresentou o projeto, destacando que a região Nordeste receberá R$ 20 milhões para investimentos. Ele lembrou que o orçamento do Estado foi elaborado com base nas reuniões do Orçamento Participativo. O prefeito de Vacaria e presidente da Associação dos Municípios dos Campos de Cima da Serra, Ângelo Pegoraro, considerou insuficientes os recursos para investimentos e anunciou a apresentação de emendas para ampliar os valores. O deputado Elvino Bohn Gass, do PT, destacou a previsão de obras, como ligações asfálticas, e a instalação da Universidade Estadual na região, em Vacaria e Sananduva. Para o deputado Onyx Lorenzoni, do PFL, o governo utiliza estratégia de cunho eleitoreiro, anunciando a realização de muitas obras sem haver recursos suficientes para tanto. Itamar faz a opção de ficar no partido Após várias articulações políticas, o governador de Minas Gerais, Itamar Franco, do PMDB, decidiu permanecer no partido. A comunição foi feita ontem pelo presidente do diretório estadual de Minas, Saraiva Felipe. 'O governador vai cumprir o que ficou acertado na convenção nacional e defender a candidatura própria do PMDB à Presidência da República e a realização da prévia para a escolha do nome', explicou. Segundo Felipe, Itamar recebeu de Pedro Simon, Íris Rezende e Renan Calheiros apelos para que permanecesse no partido. Até ontem, estava cogitado que Itamar se filiaria ao PDT, concorrendo pelo partido ao Planalto, sobretudo depois do rompimento entre o seu presidente nacional, Leonel Brizola, e o ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes, do PPS. O anúncio da decisão do governador mineiro, marcado para as 15h, só ocorreu após uma reunião da qual participaram o vice-governador, Newton Cardoso, secretários, deputados estaduais e o presidente do diretório estadual. Jader comunica hoje a decisão sobre renúncia O senador Jader Barbalho reafirmou ontem, em Belém, que hoje vai a Brasília para comunicar se renuncia ou não ao mandato. Ele se reuniu ontem com o seu 2º suplente, Fernando Castro Ribeiro. Jader observou que está disposto a enfrentar o processo de cassação caso a perícia judicial sobre o relatório do Banco Central, que apontou desvios no Banpará, fique pronta em tempo de ser analisada durante a tramitação do processo de cassação. PASTOR O vereador Almerindo Filho ingressou no Partido Social Liberal (PSL) depois de ficar desde abril independente, quando se desfiliou do PFL, pelo qual foi eleito. O convite para entrar no PSL veio do presidente nacional do partido, deputado federal Luciano Bivar, de Pernambuco. Almerindo é pastor evangélico apoiado pela Igreja Universal do Reino de Deus. O PSL possui seis vereadores no Rio Grande do Sul e Almerindo não descarta a possibilidade de concorrer a deputado estadual em 2002. Com a representação do PSL, a Câmara Municipal de Porto Alegre passa a ter 13 bancadas. Senador cearense atribui a troca à falta de espaço Em solenidade realizada ontem, o senador cearense Sérgio Machado, ex-líder do PSDB na Casa, filiou-se ao PMDB. Durante a cerimônia, o presidente nacional do partido, deputado federal Michel Temer, declarou que o ingresso do senador é importante para os planos do PMDB no país e no Ceará. Machado justificou a saída do PSDB dizendo que lhe faltava espaço no seu estado, mas ressaltou que, em nível nacional, tinha todo o respaldo. Suplente integra a lista de acusados de desvios Fernando Castro Ribeiro, 2º suplente de Jader Barbalho, pode virar senador nos próximos dias. Porém, há possibilidade também de ser réu em ação de ressarcimento de danos causados ao Banpará na década de 80. Ribeiro integra com Jader a lista dos acusados de terem se beneficiado de parcelas do desvio de R$ 5,5 milhões da instituição. O Ministério Público pedirá o bloqueio dos bens de Jader e de Ribeiro. Temer rejeita filiação do governador do E. Santo O presidente nacional do PMDB, deputado federal Michel Temer, divulgou ontem nota oficial comunicando que o partido rejeita a filiação do governador do Espírito Santo, José Ignácio Ferreira. A intenção da cúpula do PMDB é manter no partido o senador Gérson Camata e a deputada federal Rita Camata. O presidente do partido no Espírito Santo, Hugo Borges Júnior, disse que a direção estadual não aceitará a intervenção da executiva nacional. Artigos GASOLINA NO FOGO Percival Puggina Surgiram, nos últimos dias, artigos que lembram os mortos do Japão, do Vietnã e da Guerra do Golfo, que recordam o apoio ianque a Osama bin Laden durante a invasão soviética ao Afeganistão e a Saddam Hussein no conflito entre Irã e Iraque. Pedem um minuto de silêncio pelos 10 mil mortos do WTC e saem a fazer contas, rogando 60 minutos mais pelas vítimas dos conflitos em que os Estados Unidos estiveram envolvidos nos últimos 30 anos. Não sei se o objetivo de tais matérias é ressuscitar ressentimentos ou apenas saltitar ideologicamente sobre certas páginas da história do século XX. Neste último caso, ficaria faltando: a) fazer não apenas 60, mas 10 mil minutos de silêncio pelas vítimas do comunismo; b) passar mais alguns dias agradecendo as vidas salvas pela resistência ao nazismo e ao imperialismo soviético; c) registrar que os riscos envolvidos numa eventual vitória iraniana eram tão grandes que até a URSS se uniu ao Ocidente em favor do Iraque; d) esclarecer que a Guerra do Golfo só aconteceu porque Saddam ocupou o Kuwait, tendo a ONU autorizado a investida contra as forças iraquianas numa operação que uniu 29 países; e) informar que o estratégico apoio norte-americano a Bin Laden foi decisivo para impedir que a URSS ocupasse o Afeganistão. Por outro lado, escavar a história para encontrar no massacre de Jerusalém (século XI) razões para um 'ódio dos muçulmanos aos cristãos' é anacronismo. Jerusalém chamava-se Jebus e pertencia aos jebusitas antes de ser conquistada por Davi. Nos anos seguintes, foi atacada por egípcios e filisteus. Foi tomada por Alexandre, pelos macabeus, por Pompeu. Retomada pelos judeus, foi destruída por Tito. Conquistada por Cósroes (terrível massacre!), retomada por Heráclio. Capturada, e não com bons modos, pelo Islã (um dos últimos a chegar), passou de mão em mão durante as Cruzadas. Há muitos séculos, contudo, salvo grupos radicais, cristãos e muçulmanos mantêm harmônicas relações. Parece temerário, especialmente agora, escavar e incendiar mágoas jogando gasolina sobre o fogo dos insensatos. A propósito, leitor amigo, saiba: nunca houve guerra entre duas democracias. Colunistas Panorama Político/A. Burd FAZER DO LIMÃO UMA LIMONADA O governo do Estado encaminhou ontem à Assembléia projeto de lei que libera recursos de depósitos judiciais tributários para investimentos em agricultura e transportes. A prática já é adotada pela União e por vários estados e se refere aos débitos provenientes de tributos estaduais inscritos em dívida ativa. Na hipótese de encerramento do processo litigioso, os valores serão devolvidos no prazo máximo de 24 horas, asseguradas todas as remunerações de lei. Não há estado que hoje não enfrente problemas de caixa. Em mais de 90% dos processos, o Estado acaba sendo o vencedor das ações, cujo objetivo tem sido protelar o pagamento de impostos. Deixar o dinheiro parado é penalizar a população no atendimento a reivindicações urgentes. MUDOU Os partidos ficaram aquém da expectativa na filiação de lideranças que pudessem encorpar as nominatas às eleições proporcionais. A política não inspira mais como antes e chega a amedrontar muitos. NOVAS PONTES 1) Após rompimento com PPS, líder do PDT na Câmara, deputado Miro Teixeira, busca reaproximação com PT; 2) núcleo evangélico do PT agenda encontro de Lula com o bispo Edir Macedo da Igreja Universal. REI DA ONDA - O governador Itamar Franco é grande favorito para conquistar o Top de Marketing do ano. Terça-feira, ficou por quatro horas reunido no Rio com secretários para tomar a decisão: anunciaria no dia seguinte o futuro político. Chegou a abrir para Leonel Brizola a possibilidade de deixar o PMDB e vir para o PDT. À tarde, concedeu a esperada entrevista, quando disse que ficará onde está. Aparecer é com sua Sua Excelência. QUER ISENTAR O vereador Sebastião Melo encaminhou emenda ao projeto do IPTU progressivo que vai dar polêmica para mais de metro na Câmara: isentar os contribuintes com imóveis atingidos por inundações, quando redes de esgotos não funcionarem. UM, DOIS 1) O presidente da Famurs, Pipa Germano, licencia-se por 15 dias e assume o vice Ricardo Brönstrup; 2) a prefeitura começa a encaminhar boas soluções para a invasão de ambulantes irregulares no Centro. INVENTÁRIO O Centro de Memória do Judiciário Gaúcho lançará, no final do mês, a revista Justiça e História. Terá periodicidade semestral e conterá, na 1a edição, artigo sobre o célebre processo de inventário envolvendo o comendador Domingos Faustino Correa e seus incontáveis herdeiros. SEM UNANIMIDADE O grupo do vereador Adeli Sell, do PT Amplo e Democrático, queria o 2O turno da eleição à presidência estadual do PT. Outro, liderado pelo vice-prefeito de Santa Maria, Paulo Pimenta, era contra. Esse ganhou. OBSTÁCULO Na conversa com a direção do PMDB, não agradou a Vicente Bogo a necessidade de se submeter à prévia, se entrasse no partido e quisesse concorrer ao governo do Estado. Sem achar alternativa melhor, acabou ficando no ninho tucano. EM 1951 Há 50 anos, neste mesmo dia, foram homologadas as candidaturas de Ildo Meneghetti pelos partidos da Frente Democrática e de Leonel Brizola pelo PTB. Concorreriam a 1O de novembro para escolha do prefeito de Porto Alegre. A última eleição para o cargo tinha ocorrido em 1928. APARTES Auditório da Fenarroz, em Cachoeira do Sul, lotou ontem à noite para ouvir presidenciável Ciro Gomes. Deputado Elmar Schneider tem hoje reunião decisiva com senador Pedro Simon: fica ou sai do PMDB. Primeiro ouvidor da Assembléia Legislativa será o deputado Otomar Vivian. Tem as melhores credenciais. Presidenciável Anthony Garotinho no ritmo de Ciro Gomes: uma visita por mês ao Rio Grande do Sul. Kevin, neto do ex-senador Daniel Krieger, foi eleito conselheiro tutelar. Elio Quatrin, coordenador regional do PMDB no Planalto Médio, deixa hoje o partido e ingressa no PPS. Ex-prefeito de Uruguaiana Neito Bonotto deixa PPB e entra no PMDB com a simpatia do ministro Padilha. No jornal: 'Namoro com PL assusta petistas'. Coração tem razões que a própria razão desconhece. 'Trocar de partido em muitos casos é como trocar de mulher: só troca de defeitos' (Ulysses Guimarães). Editorial UMA QUESTÃO DE ÉTICA Está terminando o prazo estabelecido pela lei para que políticos mudem de partido. Aqui no Rio Grande do Sul, nos velhos tempos, era completamente desnecessária uma legislação nesse sentido. A ninguém sequer ocorria a idéia de abandonar sua grei política e passar para as bandas do adversário. Isso na época em que existiam partidos com programas definidos. As pessoas nasciam pica-paus ou maragatos em famílias tradicionalmente engajadas nas legendas, assim viviam a existência inteira sem lhes passar pela cabeça qualquer tipo de troca a qualquer pretexto. Mas os tempos mudaram. O que se vê hoje é constrangedor. Culpa das pessoas? Não só delas; culpa do sistema partidário. Os quadros vivem a esdrúxula realidade política que os cerca e na qual falta o essencial componente que é a idéia. Com raras exceções, partidos não têm programas que os diferenciem. Têm, sim, diferentes denominações com as siglas correspondentes. Apenas aparentemente, e novamente façam-se ressalvas às agremiações com idéias programáticas, marcam lugar na escala das ideologias contemporâneas. Antes de 1964, havia partidos sólidos em termos de pensamento político. Ao tempo dos grandes grêmios políticos estaduais - exemplos: os republicanos de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, o Libertador, descendente do Federalista, e poucos mais -, existia uma politização que podia ser chamada de inata, mais de tradição do que de livro, mais objetiva do que conceitual. Tudo foi perdido nas dobras da definição política do bipartidarismo de pós-64 e sua correlação explícita com o regime militar. Até chegarmos, hoje, ao extremo oposto do sistema de apenas duas divisas partidárias, que se caracteriza por esta imensidade de siglas, todas precedidas pela letra P, de partido, os chamados nanicos só podendo ser considerados partidos pelo exagero licencioso da legislação. A intensa migração de políticos não deve ser debitada só a eles, mas à lei que lhes dá suporte. Embora a balbúrdia não exclua a obrigação de devolução de mandatos detidos pelos migrantes, uma questão de ética. Até na balbúrdia há ética. Topo da página

10/04/2001


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