Mercadante: serei um procurador do governo no Parlamento
Em entrevista na qual se apresentou como líder do governo no Senado, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) disse nesta quarta-feira (5) que vai representar de maneira fiel as posições do governo acerca dos assuntos em discussão no Congresso. Ele disse que tem grande identidade com o governo federal e, por isso, pode assumir a função com tranqüilidade.
- O líder do governo é um procurador, um representante, um porta-voz do governo no Parlamento. E eu vou assumir esse papel de modo integral. Eu acredito no governo, acredito nas mudanças, tenho uma longa convivência com o presidente Lula e tenho certeza que terei convicção na defesa de todas as posições adotadas - afirmou Mercadante.
O senador comentou que a bancada dos senadores do PT vai verificar o que levou a senadora Heloísa Helena (AL) a se ausentar da sessão que elegeu a Mesa do Senado, no último sábado. Mercadante anunciou que irá conversar com a senadora na noite desta quarta-feira e disse esperar que qualquer problema possa ser superado.
- A votação da Mesa, com dois senadores do PT fazendo parte da chapa, foi aprovada por unanimidade na bancada. Temos convicção de que é importante preservar a liberdade de expressão. Agora, quando a bancada decidir, todos têm que acompanhar e votar, porque é muito importante, para o governo e para o país, que essa cultura de 22 anos do PT seja preservada. A gente discute, mas, na ação, está sempre unido - declarou.
O senador também disse concordar com a necessidade de que seja dada prioridade à reforma política. Segundo ele, questões como a fidelidade partidária, o financiamento público de campanha e o acesso ao horário gratuito precisam ser debatidas para contribuir inclusive com o amadurecimento do processo democrático brasileiro.
- Uma reforma política pode consolidar o processo de construção da democracia. As legendas de aluguel, troca-troca de parlamentares sem convicção programático-partidária, subterfúgios para usar o horário gratuito, candidatos que são utilizados para atacar adversários, isso tudo tem que acabar. Já temos uma boa experiência eleitoral para fazer uma lei definitiva que assegure a representação política - disse.
05/02/2003
Agência Senado
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