Geovani Borges analisa relação entre gravidez indesejada e violência urbana



Baseado em pesquisa sobre fecundidade no Brasil, realizada pelo instituto Datafolha em março deste ano, o senador Geovani Borges (PMDB-AP) analisou a "perigosa relação" entra a gravidez indesejada e a violência urbana. O senador defendeu o acesso à informação e a facilitação da obtenção de meios contraceptivos sob orientação médica adequada para preservar a saúde da mulher, evitar a gravidez indesejada, diminuir o número de gestações de alto risco, abortos inseguros e reduzir o padecimento social de mulheres e crianças.

- Todos nós sabemos quanto custa criar um filho. Cada criança concebida involuntariamente por casais que não têm condições financeiras para criá-las empobrece ainda mais a família e o país, obrigado a investir em escolas, postos de saúde, hospitais, merenda escolar, vacinas, medicamentos, habitação, Fome Zero e, mais tarde, lamentavelmente em muitos casos, investira na construção de cadeias para trancar delinqüentes - disse o senador.

A pesquisa mostra, disse Geovani Borges, que, mais de 50 anos após a invenção da pílula anticoncepcional, quatro entre dez gestações ocorridas no Brasil não foram planejadas. Ele assinalou que, apesar de ocorrer com mais freqüência entre os mais jovens (56%) e os mais pobres (44%), o fenômeno também foi verificado entre os ricos, onde 34% também tiveram filhos sem planejar. A pesquisa não contabilizou os abortos.

Ainda segundo a pesquisa, informou o senador, 60% dos entrevistados disseram que não teriam o mesmo número de filhos, caso pudessem voltar no tempo. Dentre os arrependidos, 24% teriam menos filhos, 21% teriam mais e 15% não teriam filhos. Segundo o senador, os 15% que não teriam filhos foi a grande novidade revelada pela pesquisa.

O parlamentar citou o demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, que considera o índice elevado e chama a atenção para o fato de que mesmo entre a população mais pobre e com curso médio ficou igual ou acima de 15%. O índice é maior entre as mulheres (18%) e entre os mais jovens (31% na faixa etária de 16 a 24 anos).

- Programar o crescimento ou não da família nos dias de hoje é fundamental. Não apenas porque economicamente a vida está mais difícil, mas também porque muitas vezes investir na carreira pode ser a prioridade do momento, tanto para o homem como para a mulher - disse Geovani Borges.

11/08/2008

Agência Senado


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