Geovani Borges aponta desmatamento em Unidades de Conservação da Amazônia




O senador Geovani Borges (PMDB-AP) manifestou preocupação em Plenário nesta quarta-feira (27) com problemas que atingem as Unidades de Conservação (UC's) na Amazônia, entre os quais o desmatamento, gestão ineficiente, a não homologação de terras indígenas, exploração ilegal de madeira, pedidos formais para redução de área proteção legal, entre outros.

Geovani Borges apontou estudos do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e do Instituto Socioambiental (ISA) que apontam degradação nas Unidades de Conservação da região, embora tenha havido alguns avanços nos últimos anos nas unidades de conservação e nas terras indígenas.

- Parece haver consenso de que a criação e a manutenção de áreas protegidas é uma das estratégias mais eficazes para a conservação dos recursos naturais na Amazônia. Mas, no entanto, a preservação depende de gestão eficiente, carece da ampliação das fontes de financiamento e, sobretudo, do controle das atividades ilegais - observou.

O senador informou que, de acordo com dados do Imazon, 70% dos planos de manejo de florestas estavam incompletos até dezembro do ano passado. Dos 308 planos analisados, 24% estavam inconclusos; 1%, em fase de revisão, 20% em fase de elaboração e 50% ainda não haviam sido iniciados.

Geovani Borges acredita que as autoridades conhecem as falhas no processo como a ausência de fiscais em número suficiente em áreas imensas de floresta distantes de centros urbanos. Conforme o senador, existe na região Amazônica um fiscal a cada 1,8 mil quilômetros quadrados, havendo situações em que o fiscal cobre área de até quatro mil quilômetros quadrados. Outra falha conhecida, segundo ele, é a falta de homologação das terras indígenas.

As Áreas de Preservação Permanentes (APP's) não estão livres do desmate, disse Geovani Borges. Em 2009, segundo levantamento feito pela, 3,5% das APPs sofreram desmatamento, equivalentes a 26 mil km² de floresta a menos. Segundo o parlamentar, em algumas unidades de conservação, 88% da vegetação original foi derrubada e em áreas indígenas 70% do território desmatado. Gilvam mencionou ainda a existência de tentativas formais de redução de áreas de proteção legal em 48 áreas de proteção na Amazônia.

Ao final de seu pronunciamento, Gilvam Borges insistiu que estudos apontam como solução o controle da exploração ilegal de madeira, o aumento do número de gestores nas APPs e processo de reconhecimento e homologação das terras indígenas.



27/04/2011

Agência Senado


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