Geraldo Cândido faz avaliação positiva dos trabalhos da CPI do Roubo de Cargas



Na última quarta-feira (24), a CPI do Roubo de Cargas ouviu o funcionário da Secretaria de Fazenda do Distrito Federal, Sebastião Brum Filho, acusado de fornecer notas fiscais falsas para facilitar o trânsito de cargas roubadas nas estradas. Evasivo em suas respostas e usando um tom agressivo ao se dirigir aos senadores, Brum recebeu voz de prisão do senador Geraldo Cândido (PT-RJ), que presidia a reunião.

Sebastião Brum Filho entrou em contradição várias vezes durante o depoimento e não soube explicar conversa entre ele e um ladrão de cargas, gravada por meio de escuta telefônica autorizada judicialmente. Na gravação, o ladrão pede a Sebastião uma nota fiscal para levar uma carga roubada de Minas Gerais até Goiás. Em outra conversa telefônica, Sebastião afirma que já havia conseguido a nota. Cada nota teria sido vendida por Sebastião pelo preço médio de R$ 3 mil.

Geraldo Cândido disse que a CPI reuniu elementos para incriminar os chamados "peixes graúdos" envolvidos nos roubos de cargas. "Há indícios da participação de policiais, delegados, prefeitos, deputados estaduais e vereadores. Há denúncias de que grandes redes de supermercados comprariam cargas roubadas", disse o senador.

26/10/2001

Agência Senado


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