Geraldo Melo defende continuidade de programas emergenciais contra a seca
Melo considerou precipitada a extinção da Sudene, sem que o país tenha um programa atualizado de desenvolvimento para a região Nordeste. A medida, segundo avaliou, foi um equívoco com conseqüências no atual cenário da seca.
Dados apresentados pelo senador indicam que nos últimos dois anos foi investido cerca de R$ 1,4 bilhão em programas de frentes de trabalho, distribuição de cestas básicas e carros-pipas e na prospecção de poços de água. Estes recursos, informou, beneficiaram aproximadamente 6 milhões de pessoas. Para o senador, as frentes de trabalho, que na seca de 1998 consumiram R$ 836 milhões, na realidade são programas de garantia de renda mínima, nos moldes do que defende o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e setores da esquerda brasileira. "Se isso é um absurdo, o que dizer se amanhã a Prefeitura de São Paulo resolver instituir frentes de trabalho para atender à população desempregada?", comparou.
Geraldo Melo apelou ao presidente Fernando Henrique Cardoso e ao ministro do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann, para que mantenham os programas de distribuição de cestas básicas pelo menos em níveis equivalentes aos praticados nos últimos anos. Ele citou o exemplo do município de São Miguel (RN), que centralizará a distribuição do benefício, mas que deixou de fazer parte da relação de comunidades a serem atendidas.
25/06/2001
Agência Senado
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