DEFESA CIVIL INEFICIENTE AGRAVA MALES DA SECA, DIZ GERALDO MELO
Na condição de senador nordestino, o 1º vice-presidente do Senado, Geraldo Melo, debateu hoje (dia 19) os problemas da seca na região com o chefe do Centro de Previsão do Tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inemet), Francisco de Assis Diniz, em programa produzido pela TV Senado.
Para Geraldo Melo, os males da seca, "um fenômeno conhecido e que deveria ser tratado com a naturalidade com que os países do Hemisfério Norte lidam com a neve no inverno", ficam agravados pela ineficiência da defesa civil do país.
Com o fim do Ministério do Interior, avalia o senador potiguar, "a defesa civil foi a zero". Melo entende que o governo federal vem gerenciando "com competência a tarefa de modernização do país e seu aprimoramento institucional, mas, como já disse o senador Lúcio Alcântara, cometendo falhas na administração das chamadas anormalidades". Ele relaciona entre essas "anormalidades" fenômenos como o recente incêndio em Roraima, o surto de dengue e a atual seca nordestina.
De acordo com o chefe do Centro de Previsão do Tempo do Inemet, as áreas técnicas já alertavam o núcleo do governo federal, em meados de 1997, para a seca que viria atingir o Nordeste neste ano, em função do fenômeno El Niño, da mesma forma como alertaram os governos estaduais do Sul do país, com relação à alta probabilidade da ocorrência de enchentes. As enchentes vieram e os prejuízos não foram maiores, destacou Francisco Assis, em função das medidas preventivas tomadas pelos governadores.
19/05/1998
Agência Senado
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