Geraldo Melo diz que Congresso não será mais o mesmo depois de ACM



O senador Geraldo Melo (PSDB-RN), primeiro-vice-presidente do Senado, afirmou, em Plenário, nesta terça-feira (dia 13), que após a passagem de Antônio Carlos Magalhães pela Presidência da Casa, o Congresso Nacional "jamais será o mesmo". Na homenagem que prestou ao senador baiano, que deixa o cargo nesta quarta-feira (dia 14), Geraldo Melo afirmou que Antonio Carlos, ao longo dos quatro anos em que esteve à frente do Senado, mostrou que tem "a completa consciência do papel do Congresso Nacional na construção da democracia e liberdade no Brasil".

Geraldo Melo disse que, mesmo pertencendo a um partido diferente, no tempo em que conviveu com o senador Antônio Carlos teve um aprendizado "maior do que esperava", fruto de um relacionamento com uma das figuras mais eminentes da política, na sua opinião.

- Fui aos poucos me aproximando de um homem cercado de controvérsias, amado por uns, odiado por outros. Mas foi um privilégio trabalhar ao seu lado, e testemunhar o zelo com que se debruçava sobre os problemas grandes e pequenos do Congresso Nacional - frisou.

O senador pelo Rio Grande do Norte lembrou dos momentos de "extrema emoção" vividos num corredor de hospital, quando faleceu o filho de Antônio Carlos, Luis Eduardo Magalhães. No enterro, em Salvador, registrou Geraldo Melo, o presidente do Senado sintetizou com palavras de rara felicidade, o que realmente sentia: "Sou um homem feliz dentro do meu sofrimento".

- Nunca vi alguém conseguir transformar o sentimento que tanto o abatia num troféu; era como se o país inteiro lhe dissesse que, por curta que fosse a vida de Luis Eduardo, ela tinha representado tanto para a Nação que esta deseja lhe agradecer por ter oferecido ao Brasil a figura, o trabalho e a contribuição de seu filho - salientou.

Geraldo Melo ressaltou também que, como primeiro-vice-presidente, em várias oportunidades viu-se obrigado a assumir a Presidência da Mesa do Senado para administrar situações complexas, em que Antônio Carlos defendia seus pontos de vista e posições. "Não posso esconder que isso, muitas vezes, me deu muito trabalho", enfatizou.

O senador disse ainda que a melhor coisa que levava consigo da convivência com Antônio Carlos não era o conjunto de experiências de trabalho e missões que viveram juntos. Na sua avaliação, o que ficou foi "a amizade valiosa de um grande amigo", cuja atuação na Presidência do Senado desejava reconhecer e proclamar, e publicamente agradecer.

Em agradecimento à homenagem, o presidente do Senado destacou "a lealdade, a colaboração decisiva, a inteligência e a maneira discreta de proceder" de Geraldo Melo. Ele registrou que, juntamente com os senadores Ronaldo Cunha Lima (PMDB-PB), primeiro- secretário, e Carlos Patrocínio (PFL-TO), segundo-secretário, compuseram uma Mesa que, nos últimos quatro anos, "só fez coisas certas e dignas no Senado".

13/02/2001

Agência Senado


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