Geraldo Melo: FHC não quis transferir responsabilidades ao Congresso



O senador Geraldo Melo (RN), líder do PSDB, afirmou nesta sexta-feira (8) que o presidente Fernando Henrique Cardoso não quis transferir ao Congresso responsabilidades pelo combate à violência no país, ao dizer em discurso que os parlamentares, se quiserem, poderiam votar "em uma semana" projetos da área de segurança.

- O presidente dirigiu um apelo ao Congresso, como está dirigindo a toda à sociedade, para que cada setor se mobilize e faça a sua parte. Não é do estilo do presidente transferir responsabilidades a quem quer que seja. Ele sabe que o Congresso até agora não faltou ao país em momento algum no cumprimento de seus deveres - disse.

O ânimo dos parlamentares, conforme Geraldo Melo, é votar com a maior rapidez possível projetos que possam reduzir a criminalidade no país, apesar do caráter polêmico de alguns deles, como a proibição de venda de armas. "A população tem receio de ser impedida de comprar armas por perceber que o Estado não tem conseguido desarmar os bandidos", observou o senador.

- O Congresso não precisa aprovar qualquer nova lei para o Estado tirar as metralhadores e fuzis das organizações criminosas - disse.

A Câmara e o Senado têm seus regimentos internos, com prazos para discussão de projetos, o que dá transparência e torna democrático o debate. "No entanto, o Congresso só pode escrever leis. Já a execução, o cumprimento das leis, não é mais com os parlamentares."

Geraldo Melo acha que o problema da violência será resolvido não apenas com a compra de equipamentos para a polícia, mas principalmente com a montagem de um sistema único e eficiente de informações, se possível centralizado nas Forças Armadas. Este sistema, acrescentou, reuniria as polícias militares e civis, a Polícia Federal e a inteligência das Forças Armadas.



08/02/2002

Agência Senado


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