Geraldo Mesquita Jr. quer aumento de 14% para servidores, com criação de fundo para habitação



O senador Geraldo Mesquita Júnior (PSB-AC) lançou um desafio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (5) - conceder aumento de 14% ao funcionalismo público, incorporar imediatamente 4% deste aumento aos salários dos servidores e, com os 10% restantes, criar um fundo de desenvolvimento para financiar projetos de habitação popular. Mesquita Júnior quer também que Lula inicie um grande debate com os representantes dos servidores sobre vencimentos e sobre a criação desse fundo.

- É a oportunidade de resgatar a auto-estima do servidor público, massacrado por oito anos sem um centavo sequer de reajuste - disse o senador. Mesquita Júnior garante que a esmagadora maioria dos servidores públicos acredita no presidente da República e está disposta a colaborar para que o governo esteja à altura da esperança popular e transforme o Brasil em um país mais justo, mais fraterno e com justiça social.

Mesquita Júnior apelou ainda ao ministro da Fazenda, Antônio Palocci, para que seja nomeado o procurador-geral da Fazenda Nacional, cargo que está vago desde o início do governo, há dois meses. -O ministro da Fazenda não se dignou a nomear o titular da Procuradoria, um cargo fundamental, que tem as atribuições de inscrever e cobrar a dívida ativa da União, assessorar juridicamente o ministério, cuidar dos contratos da União com estados e municípios, dos acordos internacionais-, observou.

O senador quer a indicação de um procurador da Fazenda, de carreira, para a chefia da Procuradoria Geral. -O corpo de profissionais, de altíssimo nível, está ansioso, ávido para contribuir com o esforço de arrecadação e de correção dos rumos da administração pública-, disse Mesquita Júnior. Ele elogiou também a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pela escolha do tema da defesa dos idosos para a Campanha da Fraternidade de 2003.

Geraldo Mesquita Jr também denunciou o rompimento unilateral de contrato pela UOL com 250 pequenos provedores de Internet em todo o Brasil. -É um caso inaceitável de abuso do poder econômico, que vai levar ao desemprego centenas ou milhares de pessoas, e ao fim de várias pequenas empresas no país-, criticou o senador. Ele propõe que o Senado prepare uma legislação de defesa das pequenas empresas que operam com a Internet no Brasil. -A UOL expandiu-se, incorporando as carteiras de clientes dessas pequenas empresas, e agora rompe contratos de forma unilateral, o que é inaceitável-, disse.



05/03/2003

Agência Senado


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