Gerson Camata defende adiamento do ingresso da Venezuela no Mercosul



O senador Gerson Camata (PMDB-ES) sugeriu a senadores e deputados o adiamento da análise do processo de entrada da Venezuela no Mercosul. A recomendação teria sido motivada pela postura do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que, segundo Gerson Camata, está contribuindo para a desestabilização das relações entre os países sul-americanos.

Na opinião do peemedebista, o computador portátil recentemente apreendido por militares colombianos comprova a ligação de Chávez com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que teve alguns integrantes mortos em ação de tropas da Colômbia em território equatoriano. O computador apreendido seria do vice-líder das Farc, Raúl Reyes, um dos mortos durante a operação.

De acordo com Gerson Camata, informações contidas no computador comprovariam um financiamento de US$ 300 milhões do governo venezuelano para as Farcs, além do fornecimento de armamentos para a guerrilha. O senador condenou a postura diplomática brasileira frente à crise pois, na sua opinião, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, não deveria ter sugerido à Colômbia a formalização de pedido de desculpas pela operação no Equador. Para Gerson Camata, a posição brasileira deve ser neutra.

O parlamentar sugeriu ainda às Comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara e do Senado a paralisação do processo de ingresso da Venezuela no Mercosul. Seu receio é de que o governo Chávez possa contribuir para a desestabilização do bloco econômico.

Logo depois do pronunciamento do peemedebista, o senador Magno Malta (PR-ES) lembrou das atividades da CPI do Narcotráfico (final dos anos 90), da qual participou. Conforme afirmou, as ações das Farc são sustentadas pelo narcotráfico e por seqüestros. Até o traficante brasileiro Fernandinho Beira-Mar, acrescentou, teve ligações com o grupo guerrilheiro, do qual teria recebido guarida e proteção.



04/03/2008

Agência Senado


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