Gil anuncia novo marco regulatório e agência para cinema e audiovisual brasileiros
A definição de um novo marco regulatório para a produção cinematográfica e audiovisual brasileira e a criação da Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual (Ancinavi) encabeçam a lista de prioridades das políticas traçadas pelo Ministério da Cultura para esses segmentos.
- É preciso um choque de capitalismo nessas atividades - defendeu o ministro Gilberto Gil, nesta terça-feira (22), em reunião do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional.
Ao participar do ato de compromisso com o cinema brasileiro, Gil ressaltou o empenho do atual governo em perpetuar o ciclo de sucesso da cinematografia nacional -com qualidade, diversidade e sustentabilidade econômica-. Se em 2003 essa produção respondeu por 21% do mercado interno de exibição, a expectativa para 2004, até agora, é que essa marca se situe em 17%, com chances de ser ampliada com o êxito de filmes biográficos como Cazuza, Pelé e Olga. - Nosso sonho é transformar o cinema em uma indústria dinâmica e auto-sustentável - revelou Gil. Outra iniciativa exaltada pelo ministro foi a segunda edição do DOC TV que, com o tema -Brasil Imaginário-, reúne 26 documentários produzidos em 20 estados, a serem veiculados a partir deste sábado (26), em horário nobre, nas emissoras públicas de televisão. -Esta série estimula a regionalização do nacional e a nacionalização do regional-, observou.
Logo após a exposição do ministro, o secretário de Audiovisual do ministério, Orlando Senna, relacionou as ações ministeriais voltadas para esse objetivo. Além de incentivar a divulgação e a exportação dessas produções, destacou a meta de investir, este ano, R$ 15,5 milhões no desenvolvimento de 150 títulos, entre filmes e audiovisuais; viabilizar a integração entre cinema, emissoras de TV públicas e internet; abrir uma linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a fundo perdido, para construção e recuperação de cerca de mil salas de projeção.
Além dos membros do Conselho de Comunicação Social, participaram do evento os diretores de cinema Nelson Pereira dos Santos, José Alvarenga Júnior e Tizuka Yamasaki. À frente da direção de Rio 40 Graus, A Dama do Lotação e do recente Raízes do Brasil, Nelson Pereira dos Santos salientou a vitalidade do cinema brasileiro e a competência dos profissionais do setor. Enquanto José Alvarenga Júnior, que dirigiu a série e o filme Os Normais, incentivou a junção entre cinema e televisão, Tizuka reivindicou o apoio do poder público à produção de pelo menos um longa-metragem por ano sobre feitos históricos.
22/06/2004
Agência Senado
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