GILVAM BORGES DEFENDE MAIS INVESTIMENTO NA AGRICULTURA



"Gerar e manter empregos no campo, especialmente na agricultura familiar, sai mais barato que cuidar do desemprego urbano", afirmou nesta segunda-feira (dia 12) o senador Gilvam Borges (PMDB-AP), ao defender mais investimentos na área rural. Segundo o parlamentar, o campo ainda ocupa 26% da população brasileira, aí incluídos 5 milhões de pequenos agricultores que resistem bravamente ao êxodo rural. O senador destacou que o custo de geração de um emprego na indústria automobilística não é menor que US$300 mil. E explicou que, somando-se todos os empregos diretos das montadoras de automóveis no Brasil, chega-se no máximo a 120 mil pessoas, menos da metade dos trabalhadores da cadeia produtiva de aves e ovos, que mantêm ocupadas 225 mil pessoas. - Nenhum país do mundo tem tanta oportunidade como o Brasil de potencializar seu desenvolvimento através da agricultura. É uma questão não só de investimento no setor, mas também de controle da dissipação de recursos - argumentou.Gilvam acredita que, se o Brasil quiser garantir seu futuro, tem que incluir a agricultura na agenda positiva defendida pelo presidente da Casa, Antonio Carlos Magalhães, no discurso com que abriu a presente Sessão Legislativa. Gilvam defendeu a adequação das ações da política agrícola às da reforma agrária, assim como o enfrentamento das barreiras comerciais impostas no exterior contra as exportações brasileiras. E lembrou que o próprio presidente da República tem denunciado o gasto de US$160 bilhões dos países desenvolvidos no subsídio a seus produtores.O parlamentar exigiu firmeza na exigência de cumprimento das condições pactuadas na Organização Mundial do Comércio e defendeu a adoção seletiva de subsídios creditícios e incentivos fiscais aos produtores brasileiros. "Isso sem falar na necessidade de aumento dos estoques reguladores, a fim de serem vendidos em emergências para impedir movimentos altistas de preços", pregou ele. Conforme Gilvam Borges, hoje, os estoques reguladores de arroz e feijão, no Brasil, são suficientes apenas para o consumo de uma semana.

12/04/1999

Agência Senado


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