Gomes diz que prioridade é a contratação de mais servidores para a segurança



O deputado José Gomes (PT) contestou as acusações do deputado João Osório (PMDB) de que o atual governo reduziu o percentual de investimentos na área da segurança pública. Segundo o parlamentar, o gasto total na segurança pública em 1999 e 2000 foi superior ao verificado em todos os anos do governo anterior. “O maior percentual aplicado pela administração passada foi de 7,7% do orçamento do Estado em 1995. No primeiro ano do atual governo, este índice pulou para 8,2%”, analisa. Gomes afirma ainda que o principal investimento realizado nos dois últimos anos na área da segurança no Rio Grande do Sul foi na área de recursos humanos. Ele cita a contratação de 2261 servidores, lembrando que o governo passado demitiu 1405 funcionários através do PDV. “Além disto, estamos corrigindo distorções históricas, com a incorporação do risco de vida de 222%, a regulamentação das horas extras, o pagamento de diárias atrasadas desde 1996 e a democratização dos cursos, que antes se restringiam aos oficiais, que recebiam diárias em dólar para viagens ao exterior, que nada acrescentaram ao aprimoramento das ações policiais ”, assinala. Gomes afirma que setores da oposição costumam omitir informações para sustentar suas versões. Ele se refere ao fato da oposição desconsiderar que o custeio da área da segurança aumentou consideravelmente em relação ao governo anterior. “A média dos gastos com custeio nos dois primeiros anos de nosso governo equivale a R$ 83,6 milhões, o que corresponde a 11% a mais do que foi gasto pelo governo anterior com a manutenção do setor”, compara. Ele argumenta que o aumento dos gastos neste item é um indicador do compromisso com a segurança, pois garante todo o funcionamento do sistema, englobando, inclusive, a melhoria das condições de trabalho dos servidores. O petista atribuiu as críticas da oposição à “concepção ultrapassada” de que investir em segurança se restrige à compra de viaturas em detrimento dos servidores. “A continuação desta política provocaria uma situação inusitada: carros de sobra, mas sem motorista e nem combustível”, ironiza o petista.

10/10/2001


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