Governador do Pará elogia qualidade das publicações do Senado



Em visita ao estande do Senado Federal na Feira Pan-Amazônica do Livro, o governador do Pará, Simão Jatene, elogiou as publicações do Conselho Editorial, em particular a qualidade do livro Ensaio Corográfico sobre a Província do Pará, de Antônio Ladislau Monteiro Baena, um dos títulos que serão lançados na noite desta terça-feira (21).

OEnsaio Corográfico sobre a Província do Pará, que foi editado por meio de uma parceria do Senado com a Secretaria Executiva de Cultura do Pará, apresenta um retrato da Província do Grão-Pará e de sua população nos anos 30 do século 19. Durante a visita que fez ao estande, quando foi recebido pelo coordenador da Comissão das Feiras do Livro do Senado, Júlio Werner Pedrosa, o governador esteve acompanhado do secretário de Comunicação Social do seu governo, Nélio Palheta.

Conselho Editorial

O Conselho Editorial do Senado Federal especializou-se em publicar obras de grande valor cultural e histórico que não despertam o interesse das editoras privadas. Os livros, vendidos a preço de custo, são muito procurados por professores, estudantes e pesquisadores.

Entre essas obras estão os primeiros quadrinhos brasileiros, escritos por Ângelo Agostini entre os anos de 1869-1883. As Aventuras de Nhô-Quim & Zé Caipora, publicadas nas revistas Vida Fluminense, Don Quixote e O Malho. Os quadrinhos de Zé Caipora são considerados os primeiros de aventura realista em todo o mundo. O livro é um álbum de luxo com 188 páginas, capa dura e está sendo vendido no estande do Senado a R$ 50.

Entre as obras, estão livros de história há muito esgotados, como a História da Civilização Brasileira, escrito por Pedro Calmon - um dos mais renomados historiadores brasileiros - e Capítulos de História Colonial, redigido pelo não menos famoso Capistrano de Abreu. O primeiro, considerado uma raridade bibliográfica até a edição do Senado de 2002, faz uma síntese da história do Brasil em 329 páginas, compreendendo os aspectos social, econômico, administrativo e político. O segundo procura, em 226 páginas, avaliar a magnitude do empreendimento representado pela ocupação territorial naqueles primeiros séculos. Ambos são vendidos a R$ 20.

A Abolição do Comércio Brasileiro de Escravos, do especialista em relações anglo-brasileiras Leslie Bethell, procura explicar porque o comércio de escravos no Brasil foi mantido por 20 anos após sua proibição. A obra é importante para a compreensão não só do Brasil, mas de Portugal, da Grã-Bretanha e da África naquele período. São 478 páginas, a R$ 20.

Destaque também para De Profecia e Inquisição, escrito pelo Padre Antonio Vieira. O livro, de 278 páginas, traz textos referentes ao processo que o Santo Ofício promoveu contra o grande missionário e pregador. Preço: R$ 20.

Outra obra que, apesar de centenária, permanece profundamente atual, é A Ilusão Americana, de Eduardo Prado. O livro, que critica a aproximação dos Estados Unidos após a proclamação da República, foi proibido uma hora depois de posto a venda. Isso instigou a ironia do autor, que parabenizou o chefe de polícia por sua capacidade de premonição, já que não havia tempo de ele ter lido a obra. Alguns trechos da leitura lembram discursos atuais contra a implantação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).  São 118 páginas, ao preço de R$ 10.

Um bom exemplo da diversidade das edições do Senado Federal é Conselho aos Governantes, reunindo, em 841 páginas, textos de autores clássicos como Isócrates, Platão, Kautilya, Maquiavel, Erasmo de Roterdã, Miguel de Cervantes, Cardeal Mazarino, Maurício de Nassau, Marquês de Pombal, Sebastião César de Meneses, D. Luís Cunha, Frederico da Prússia e dom Pedro II. O livro é vendido a R$ 30.



20/09/2004

Agência Senado


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