NetSaber - Banco de Notícias

- Nenhum homem individual pode substituir a saga de um povo - justificou o governador, depois de destacar que tomava aquela posição apesar da amizade que nutria por Luiz Eduardo, filho do também falecido senador e governador baiano Antonio Carlos Magalhães.

Quem primeiro abordou o assunto foi a senadora Lídice da Mata (PSB- BA), também autora do pedido para a sessão comemorativa, subscrita ainda pelos outros dois senadores baianos - João Durval (PDT-BA) e Walter Pinheiro (PT-BA). Lídice esclareceu que defendia a volta do nome original como forma de restaurar um ato de homenagem de grande importância para os baianos.

- A mudança do nome não pode ser entendida como um gesto de revanchismo - afirmou Lídice, salientando que já se distanciou do estilo "brigona" que caracterizava sua atuação como opositora ao grupo de Antonio Carlos Magalhães.

Jacques Wagner, que estava em Plenário quando a Câmara aprovou, por voto de liderança, o projeto que retirou do aeroporto o nome Dois de Julho, para colocar no lugar o de Luís Eduardo Magalhães. Conforme assinalou, sensibilizado pela perda precoce do amigo e líder político em ascensão, ele mesmo não fez qualquer objeção. Passada a emoção, porém, teria mudado de opinião.

O governador da Bahia relatou que, como outras pessoas, já sugeriu que a própria família de Luís Eduardo se manifeste a favor do retorno do antigo nome.

- Creio que é olhando para a frente que a gente pode devolver essa alegria ao povo da Bahia, que tem, realmente, no Dois de Julho a nossa data maior - argumentou o senador, concluindo a defesa da volta do antigo nome.

Para que o nome do aeroporto possa ser alterado, será preciso aprovar projeto nas duas Casas do Congresso. Já existe proposição com esse objetivo tramitando na Câmara dos Deputados.

Artigos Relacionados